Na coletiva que concede nesta tarde (08) sobre os episódios de depredação, em Brasília, Lula considerou que houve falta de segurança, sem dizer se das polícias federal, da Rodoviária, PM de Brasília ou do Exército.
Ele leu o decreto de intervenção no Distrito Federal, na área de segurança, nomeando como interventor o secretário executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Capelle.
Leia a íntegra do decreto
Culpa da Polícia do DF
Depois que leu o inteiro teor do decreto de intervenção militar, no Distrito Federal, o presidente da República, responsabilizou as forças de segurança do governo Ibaneis. Disse que vai investigar se houve omissão também nas forças de segurança federais e se tal ocorreu vai determinar punições.
Para decretar a intervenção militar, em Brasília, Lula não precisou nem consultar o governador Ibaneis pois, aproveitou para criticar posições de policiais militares que apenas filmavam as depredações.
A viagem a Araraquara
Lula havia ido a Araraquara para uma visita de solidariedade ao prefeito Edinho Silva e famílias vítimas de fortes chuvas que caíram na cidade. Ele disse que ao retornar a Brasília iria visitar as sedes dos três poderes atingidas pelas depredações.
Entenda
As afirmações - e ameaças - feitas pelo ministro da Justiça sobre prisões dos “bolsonaristas antidemocráticos” estão sendo tratadas como apenas bravatas, porque ninguém se intimida. Antes mesmo das 15h, deste domingo, um batalhão de manifestantes postou-se não frente do Ministério da Justiça, ocupou a Esplanada dos Ministério e subiu a rampa do Congresso Nacional.
A Polícia Militar se obrigou a jogar bombas de efeito moral, mas os bolsonaristas não se intimidaram e contra-atacaram, soltando fogos de artifício em direção aos militares.
PT pede intervenção militar
A presidente nacional do PT, Gleisy Hofmann, solicitou ao procurador-geral da República que defenda a intervenção militar no Distrito Federal, para, através das Forças Armadas, fazer o controle da situação em Brasília.
Manifestantes invadiram a Esplanada dos Ministérios, com depredações às sedes do Palácio de Planalto, Congresso Nacional e do STF.
Políticos do Piauí condenam a invasão
O governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT), o ex-ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP) e o senador Marcelo Castro (MDB) condenaram através de suas contas no Twitter a invasão das sedes da Presidência da República, do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional por manifestantes golpistas que protestam contra a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em sua conta no Twitter, além de condenar a invasão golpistas às sedes dos três poderes em Brasília, o governador Rafael Fonteles informou que haverá investigação sobre a participação de piauienses nos incidentes.