O promotor de Justiça, Francisco de Jesus vai investigar quem são as 3.500 pessoas que foram exoneradas pelo presidente da Assembleia Legislativa do Piauí, Franzé Silva no decreto publicado no dia 9 desse mês. Há suspeitas de que os demitidos cheguem a mais de 5 mil pessoas.
De acordo com o promotor, a intenção é apurar se houve irregularidades na contratação e demissão desses funcionários. Não está explicada a exoneração a um só tempo de tanta gente que, numa empresa qualquer, paralisaria todas as suas atividades.
E, no entanto, a sede do legislativo segue funcionando normalmente mesmo sem esse batalhão de demitidos.
“A regra constitucional é do concurso público, então o Ministério Público parabeniza a nova gestão, e irá requisitar nominalmente os exonerados e os cargos exercidos para saber se houve alguma irregularidade nessas nomeações".
Para Francisco de Jesus, se constatadas irregularidades, “iremos adotar as devidas medidas, quais sejam, ressarcimento ao erário naquilo que por ventura tenha sido recebido ilegalmente, como também, a responsabilização dos gestores, civil, penal e administrativamente pelas ações”, explicou o promotor.
Entenda o caso
No decreto publicado no dia 9 deste mês, o novo Presidente da Alepi, Franzé Silva exonerou 3.500 pessoas que tinham cargo comissionado na assembleia há muito tempo. O que chamou a atenção foi a quantidade de pessoas na lista que estavam na folha de pagamento sem contudo, ter qualquer ocupação no legislativo.
Os comissionados demitidos recebiam entre R$ 1.050,00 a R$ 6.800,00 - sem outras gratificações, o que deve resultar numa economia em torno de R$ 23 milhões, para o legislativo piauiense.
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