O promotor de Justiça, Francisco de Jesus, está sugerindo que os comissionados nomeados para assessores na Assembleia Legislativa batam ponto. Em caso de não atendimento, ele entrará com ação na justiça.
Acompanhando as inúmeras justificativas dadas pelo presidente do legislativo, Franzé Silva,sobre as nomeações de um coronel morto e de um traficante como assessores, o promotor quer algo mais que as certidões de bons antecedentes exigidas pela presidente da Assembleia.
Francisco de Jesus resolveu oficiar a presidência da Assembleia Legislativa para que haja maior transparência, os comissionados compareçam aos locais de trabalho e batam o ponto.
O grande problema
Embora não se saiba ainda quantas pessoas foram (e ainda serão) nomeadas, para cargos que variam de R$ 1 mil a R$ 12 mil (sem outras comissões) o setor de pessoal do legislativo acha impossível adotar o ponto.
“As filas vão fazer o contorno da Avenida Frei Serafim e com tantas pessoas aqui vai inviabilizar o expediente da Casa”, disse um servidor, também comissionado, que não é do quadro efetivo.
Na gestão Themistocles Filho a cada mandato renovado se calculava que ele mantinha na folha algo acima de 5 mil pessoas. Quando assumiu interinamente em dezembro, Franze teria demitido 3.500 pessoas.
Emprego em troca do apoio
Por seu turno os próprios comissionados estão reclamando da burocracia e estão preocupados com a quantidade de documentos exigidos por Franzé. Bater ponto, como quer o promotor, fica mais difícil. Grande números dos comissionados não reside em Teresina.
Mas o difícil mesmo é que a maioria do pessoal nomeado para a Casa é de apoiadores políticos dos parlamentares. Além disso, boa parte tem problemas com a Justiça, principalmente aqueles que já ocuparam cargos públicos.