Reunião sobre volta dos impostos sobre os combustíveis termina sem decisão

Presidente fará nova reunião no fim da tarde

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (27) que no fim da tarde haverá outra reunião com o presidente Lula sobre a retomada ou não da cobrança de impostos federais sobre a gasolina e o álcool.

Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad

Esta manhã aconteceu uma reunião no Palácio do Planalto, entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os ministros Rui Costa (Casa Civil), Haddad (Fazenda) e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, porém nenhuma decisão foi divulgada.

"Foi boa a reunião. Vamos ter outra reunião no fim da tarde e, assim que eu tiver uma confirmação da decisão do presidente, divulgo pra vocês", afirmou Haddad no retorno ao prédio do Ministério da Fazenda.

De acordo com o ministro, outra reunião ficou marcada para o fim da tarde com a equipe do Ministério de Minas e Energia para só então o presidente tomar uma posição. "Depois, nós vamos voltar ao presidente e assim que a gente tiver uma definição a gente divulga”, explicou Haddad.

Quando questionada de a possibilidade dessa decisão ser divulgada ainda hoje o ministro foi sucinto. "Acredito que sim", finalizou.

Entenda o caso

O presidente prorrogou até 28 de fevereiro a desoneração (redução a zero) dos impostos federais que incidem sobre a gasolina, o álcool, querosene de aviação e gás natural veicular (GNV).

Assim, os impostos deveriam voltar a ser cobrados na quarta-feira (1), contudo, a ala política do governo teme impacto na inflação e na popularidade do presidente pressiona pela extensão da desoneração dos impostos.

Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), caso o presidente decida voltar com a cobrança dos impostos o litro da gasolina deve subir R$ 0,69 e o do álcool, R$ 0,24.

A ala econômica do governo conta com a volta da cobrança dos impostos para aumentar a arrecadação e diminuir o rombo de mais de R$ 200 bilhões esperados para as contas do governo neste ano.

No caso do diesel e do gás de cozinha, os impostos federais estão zerados até 31 de dezembro.

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