Reforma tributária pode ser votada até outubro no Senado, prevê Haddad

Haddad afirmou ainda que o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) poderia ter votado a reforma

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad afirmou, nesta segunda-feira (13) que a reforma tributária deve ser votada entre setembro e outubro Senado Federal, e entre junho e julho da Câmara dos Deputados.

Haddad afirmou ainda que o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) poderia ter votado a reforma.

Foto: Washington Costa (Ascom/MF)
Ministro da economia, Fernando Haddad

“Tenho convicção de que se o governo anterior quisesse votar a reforma tributária, teria conseguido, por conta de vários depoimentos de parlamentares da base do governo. Poderia ter votado. Seria um legado importante para o país”, afirmou o ministro.

Sobre os detalhes da proposta, o ministro afirmou que a reforma não terá foco em arrecadação, mas em descomplicar o sistema tributário brasileiro.

“Ela será neutra do ponto de vista do proposito de arrecadação, não pretendemos aumentar imposto sobre consumo porque no Brasil já é muito alto. Deveríamos planejar uma mudança na composição da cesta de tributos, que deveria cair mais sobre renda, e menos sobre consumo, como é a tendência internacional”, pontuou o ministro da Fazenda.

Em outro momento, o governo já havia colocado que a reforma tributária seria dividida em duas partes: uma focada no consumo, e outra focada na renda.

Quando questionado sobre uma futura tributação de dividendos, o ministro afirmou que o programa de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva prevê o imposto sobre lucros e dividendos, e apontou que “uma boa parte dos empresários defende”.

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