Ao firmar parceria com a Controladoria-Geral do Estado do Piauí, para colocar a Assembleia Legislativa no Sistema Integrado de Controle Interno (Sincin), Franzé Silva está anunciando que vai abrir a “caixa preta” do legislativo.
O orçamento secreto do legislativo mantido desde a longeva gestão de Themistocles Filho, que gira em torno de mais de R$ 20 milhões, só para contratações de comissionados, vai entrar no sistema integrado de controle interno. E isso passou a preocupar muitos deputados.
Para isso a Controladora Geral do Estado Amparo Esmério, esteve reunida sexta-feira (28) com Franzé Silva exatamente para tratar de parceria para melhorias no controle interno da Casa Legislativa.
Foi tratado sobre o compartilhamento do sistema desenvolvido pela CGE, que disponibiliza roteiros para que os Núcleos de Controle Interno e os fiscais de contratos utilizem nas análises de processos de contratação, pagamentos e transferências de recursos no âmbito do Poder Executivo Estadual.
As indicações dos deputados
O deputado João Madison, que conhece a fundo como Themistocles Filho mantinha em segredo o orçamento do legislativo, chegou a advertir que Franzé pode perder o controle da gestão com essa novidade no legislativo. E expor cada deputado que faz indicações das nomeações.
Desde que assumiu a presidência do legislativo piauiense, Franzé Silva tem permitido revelações escandalosas, como as nomeações de traficante, homicida, de mortos e até de uma acompanhante do chefe do PCC preso em São Paulo, dias atrás.
Deputados estaduais comentam que praticamente não mudou o modo de gestão na assembleia legislativa, de Themistocles Filho para cá, a não ser a forma de aparecer de Franzé Silva na mídia.
“Ele se mete em tudo, até em questões municipais, anunciando solução que nunca acontece”, dispara um deputado.