Pablo Marçal, coach investigado pela PF, diz estar sofrendo perseguição política

A operação para investiga falsidade ideológica eleitoral, apropriação indébita eleitoral e lavagem de capitais durante a última eleição

A Polícia Federal (PF) realizou, nesta quinta-feira (06), uma operação para investigar falsidade ideológica eleitoral, apropriação indébita eleitoral e lavagem de capitais durante a última eleição. O alvo da operação foi o coach, influenciador digital e ex-candidato à Presidência da República e a deputado federal, Pablo Marçal, que se considera "um perseguido político no Brasil".

Foto: Reprodução
O coach afirma que as ações contra ele tem cunho político

Por meio de suas redes sociais, Marçal confirmou ter sido alvo da operação da PF e negou qualquer irregularidade. Segundo ele, durante a busca e apreensão em sua residência e em três de suas empresas, não foram encontradas irregularidades. A operação também incluiu a busca em sete endereços relacionados, levando apenas celulares e notebooks, como é comum nessas ações.

Marçal alega que a investigação se refere às doações lícitas que foram realizadas para utilizar aeronaves e veículos de propriedade das empresas do grupo societário ao qual pertence, com fins eleitorais. Ele atribui a perseguição política a seu apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

A operação, chamada de Ciclo Fechado, ocorreu nos municípios de Barueri e Santana do Parnaíba, em São Paulo. De acordo com a PF, Marçal e seu sócio realizaram doações milionárias às campanhas, sendo que parte desses valores foi posteriormente remetida às empresas das quais são sócios.

No ano passado, a candidatura de Pablo Marçal à Presidência da República pelo Pros foi rejeitada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele então decidiu concorrer a deputado federal, mas teve seu registro também rejeitado pelo TSE.

Por meio de nota, o advogado de Marçal afirmou que a operação é resultado de uma investigação eleitoral conduzida pela 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, visando apurar movimentações financeiras nas campanhas presidenciais e para deputado federal. O advogado ressaltou que todas as despesas de campanha foram pagas com recursos próprios ou doações de terceiros, de acordo com a legislação eleitoral.

A defesa reiterou que nenhum ilícito foi cometido e nenhum dinheiro público foi utilizado nas campanhas eleitorais, tendo todas as prestações de contas sido apresentadas aos tribunais eleitorais competentes.

A investigação seguirá seu curso, e a Justiça Eleitoral será responsável por avaliar as informações e evidências apresentadas no caso de Pablo Marçal e seu sócio.

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