A Procuradoria-Geral da República (PGR) prestou esclarecimentos nessa terça-feira (18) sobre o pedido realizado ao Supremo Tribunal Federal (STF) para acessar os dados de identificação dos seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais.
O subprocurador Carlos Frederico Santos solicitou essa medida ao ministro Alexandre de Moraes na segunda-feira (17) com o objetivo de investigar possíveis manifestações de Bolsonaro em apoio aos atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro.
Em comunicado à imprensa, a procuradoria deixou claro que o acesso às informações dos seguidores tem o propósito exclusivo de medir o alcance das postagens.
"O órgão esclarece que essas pessoas não estão sendo investigadas nem terão seus dados expostos. O objetivo do pedido é obter informações que permitam avaliar o conteúdo e a dimensão alcançada pelas publicações do ex-presidente em relação aos fatos ocorridos em 8 de janeiro nas redes sociais", afirmou a PGR.
O subprocurador afirmou que a investigação está focada somente em Jair Bolsonaro e destacou que entre os seguidores podem estar pessoas que o acompanham por admiração, curiosidade ou motivação profissional.
"O objetivo é dimensionar o impacto das publicações e o alcance das mesmas. Jamais se pretendia investigar milhões de pessoas, o que seria inviável", concluiu Santos.
A inclusão de Bolsonaro na investigação aconteceu após a publicação de um vídeo no dia 10 de janeiro questionando a legitimidade do resultado das eleições de 2022. Apesar de ter sido removida após a repercussão, o ministro Alexandre de Moraes determinou a preservação do conteúdo pelas plataformas.