Reportagem do jornal O Globo, citando como fonte o líder do governo na Câmara, José Guimarães, informa que a entrada do PP e do Republicanos no ministério do presidente Luiz Inácio Lula da Silva “está consolidada”.
Guimarães falou durante uma reunião do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, com o deputado federal Silvio Costa Filho (PE), indicado pelo Republicanos para participar do governo.
Na terça-feira de manhã, Padilha recebeu no Palácio do Planalto o deputado federal maranhense André Fufuca, o nome do PP para compor o ministério. Fufuca é do ciclo de amizades próximas ao senador piauiense Ciro Nogueira, presidente do PP e adversário político do ministro Wellington Dias (PT), do desenvolvimento social.
Em princípio, o PP quer ver André Fufuca à frente do Ministério do Desenvolvimento Social, hoje com o petista Wellington Dias. Já o Republicanos desejava que Silvio Costa Filho assumisse a pasta de Esporte, que tem Ana Moser como titular. Lula, porém, descartou entregar os dois ministérios ao Centrão.
Guimarães afirma que “em política tudo tem solução. O nada é que não é solução. Eu acredito que dará certo”.
Em relação à conversa com o deputado Silvio Costa (Republicanos-PE), Guimarães afirmou que ele poderia ocupar qualquer ministério. “O Silvio sempre foi um parlamentar que apoiou o Lula, desde o primeiro turno. É um parceiro permanente do governo. Ele vindo para o ministério, qualquer que seja o ministério, acho que é uma boa para o governo”, disse.
Segundo ainda o líder do governo na Câmara, a tese de incorporar esses partidos (PP e Republicanos) no governo já está consolidada. Igualmente esses nomes que surgiram na imprensa (Silvio Costa Filho e André Fufuca), que foram indicações dos partidos.
Mas para onde vão os partidos e os nomes sugeridos para ocupar espaço na Esplanada dos Ministério é uma decisão do presidente Lula, que volta de uma viagem à Europa e a Cabo Verde (África) nesta quarta-feira.
Segundo Guimarães, contudo, “o presidente não bateu o martelo, não deliberou nada, qual o tamanho, para onde. Cabe ao presidente, que está com todas as fichas do jogo, com base no diagnóstico, fazer as mudanças e indicar quem ele quiser. Não cabe a nós.”
O deputado federal cearense que ocupada a Liderança do Governo na Câmara não fez projeção sobre a quantidade de votos podem trazer as nomeações para o governo na Câmara nem quando as mudanças serão efetivadas.