STF tem maioria para tornar Carla Zambelli ré por porte ilegal de arma de fogo

A PGR denunciou a deputada pelas cenas em São Paulo, correndo atrás de um homem negro com a arma em punho na véspera do segundo turno das eleições de 2022

A vida de horrores da deputada Carla Zambelli só tem acrescido fatos contrários. Depois de ter sido denunciada pelo hacker Walter Delgatti, por inúmeros crimes, agora ela passa a responder a mais um. 

Foto: Reprodução/CNN
Carla Zambelli foi filmada com arma em punho na capital paulista

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria nesta sexta-feira (18) para tornar Zambelli ré por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento com uso de arma.

Na véspera do segundo turno das eleições de 2022, Zambelli correu atrás de um homem negro com a arma em punho na região dos Jardins, na capital paulista.

Votaram para receber a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a congressista o relator, Gilmar Mendes, e os ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Edson Fachin e Roberto Barroso.

Zambelli está hospitalizada com crise de diverticulite. Para muitos dos seus companheiros de partido ela tem participação vá derrota de Bolsonaro, com aquele grotesco episódio nos jardins, em São Paulo, quando ela foi filmada correndo atrás de um homem negro, com revólver em punho.

 Voto divergente 

Segundo a CNN Brasil o ministro André Mendonça divergiu. O ministro defendeu em seu voto que o caso não é de competência do STF e que deveria ser analisada pela primeira instância da Justiça. Conforme o magistrado, a denúncia não tem relação com “o exercício das funções” de Zambelli enquanto deputada.

A Corte analisa o caso em sessão do plenário virtual que começou na sexta-feira (11) e vai até 21. No formato não há discussão, apenas apresentação de votos no sistema eletrônico da Corte.

Até o final da sessão, os ministros podem pedir vista (mais tempo para análise) ou destaque (o que envia o julgamento para o plenário físico da Corte)

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