O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou seu pesar pela morte de Delfim Netto, ex-ministro da Fazenda e renomado economista, ocorrida nesta segunda-feira (12/8) em São Paulo, aos 96 anos. Com uma carreira de mais de 55 anos no serviço público, Delfim Netto foi uma figura central na elaboração de políticas econômicas no Brasil.
Em uma nota de pesar, Lula destacou a inteligência e a influência de Delfim Netto: “Quando o adversário político é inteligente, nos faz trabalhar para sermos mais inteligentes e competentes.” O presidente lembrou que, apesar das críticas feitas a Delfim durante três décadas, ele reconheceu a importância do economista, especialmente durante a campanha de 2006, quando pediu desculpas publicamente por reconhecer a contribuição de Delfim para políticas de desenvolvimento e inclusão social implementadas em seus dois primeiros mandatos.
Lula também mencionou a recente perda de outra referência importante no debate econômico, Maria Conceição Tavares, que faleceu em junho deste ano. “Em um curto espaço de tempo, o Brasil perdeu duas referências do debate econômico. Fica o legado do trabalho e pensamento dos dois, divergentes, mas ambos de grande inteligência e erudição, para ser debatido pelas futuras gerações de economistas e homens públicos,” afirmou o presidente.
Delfim Netto teve uma carreira distinta, ocupando cargos no Ministério da Fazenda, da Agricultura e do Planejamento, além de ter sido deputado federal. Economista e professor Emérito da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEAUSP), ele foi uma figura influente tanto no setor público quanto acadêmico.
Internado desde o dia 5 de agosto no Hospital Israelita Albert Einstein devido a complicações de saúde, Delfim Netto deixa uma filha e um neto. O velório será restrito à família. Lula prestou condolências aos familiares, amigos e alunos do economista, destacando seu legado e contribuição para o país.