A oposição iniciou a análise do impacto da manifestação bolsonarista ocorrida no último domingo, 16 de março de 2025, no Rio de Janeiro, que visou apoiar o projeto de lei que anistia os envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. Com receio, deputados da base bolsonarista temem que a redução de participantes no ato possa afetar negativamente as negociações sobre o texto na Câmara dos Deputados, além de diminuir a adesão ao projeto que já enfrenta resistência.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem intensificado sua ofensiva entre os partidos do Centrão, buscando apoio para a proposta. Após manter diálogos com siglas como União Brasil, PP e PSD, Bolsonaro planeja se reunir com Marcos Pereira, presidente do Republicanos, para solicitar que o partido se manifeste favoravelmente ao projeto. Pereira, no entanto, afirmou à CNN que ainda não possui uma posição definida sobre a anistia e não discutiu a questão com sua bancada.
Além disso, a influência do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é vista como um trunfo por Bolsonaro para conquistar o apoio dos deputados da sigla. Durante a manifestação, o ex-presidente mencionou o apoio de Gilberto Kassab, do PSD, ao projeto de anistia, embora haja insatisfação nos bastidores entre deputados que alegam a falta de consenso sobre o tema.
Para acelerar o processo, o Partido Liberal deve protocolar um pedido de urgência para o projeto ainda nesta semana. No entanto, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), sinalizou resistência em pautar a proposta em plenário, afirmando que a decisão sobre o destino do projeto será definida em conjunto com os líderes partidários.