Eldorado e Neves Paulista elegem novos prefeitos após candidaturas indeferidas

Votação suplementar foi convocada após Justiça Eleitoral barrar registros de candidatos

Os municípios paulistas de Eldorado e Neves Paulista elegeram, no último domingo (6), seus novos prefeitos em eleições suplementares organizadas após decisões judiciais que indeferiram candidaturas vencedoras no pleito de 2024. Os novos gestores assumem o comando das cidades após a Justiça Eleitoral declarar inelegíveis os prefeitos eleitos anteriormente.

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Noel Castro, novo prefeito de Eldorado Paulista

Em Eldorado, o novo prefeito será Prof. Noel Castelo (Solidariedade), que obteve 3.092 votos (41,87%). Ele terá como vice o Prof. Joel (União Brasil). Noel derrotou Doutor Galindo (PSD), que somou 2.795 votos (37,85%), e Dra. Débora (PT), com 1.497 votos (20,27%). No total, 11.006 eleitores estavam aptos a votar no município, com 50 seções eleitorais distribuídas em 18 locais.

A eleição em Eldorado foi necessária após a Justiça Eleitoral indeferir, em 2024, a candidatura de Elói Fouquet, que havia vencido o pleito sub judice, ao lado do vice Walter Mâncio Júnior, com 2.422 votos (30,02%). O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) considerou Elói inelegível devido a uma condenação por improbidade administrativa, que resultou em prejuízo aos cofres públicos e favorecimento ilícito de terceiros. O indeferimento foi mantido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em dezembro de 2024.

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O novo prefeito de Neves Paulista, Kiko Rosalli

Em Neves Paulista, o novo prefeito será Kiko Rossali (PL), que venceu com 3.695 votos (79,24%), tendo como vice Hélio Carvalho (Podemos). Ele derrotou Betinho Milani (PSD), que obteve 968 votos (20,76%). Ao todo, 7.084 eleitores estavam aptos a votar em 22 seções distribuídas em quatro locais.

A eleição no município também decorre do indeferimento da candidatura do então primeiro colocado em 2024, Reginaldo Paulino da Silva, que havia recebido 2.020 votos (38,55%). Reginaldo foi condenado por furto qualificado privilegiado e cumpriu pena até abril de 2020, o que o tornou inelegível por oito anos. O TSE manteve a decisão do TRE-SP em dezembro de 2024, confirmando a invalidação do registro da candidatura, mesmo após recursos da defesa.

A Justiça Eleitoral destaca que os pleitos suplementares garantem a lisura do processo democrático e asseguram que os eleitos estejam em plena conformidade com a legislação eleitoral vigente. As posses dos novos prefeitos devem ocorrer nos próximos dias.

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