Em entrevista publicada pela Revista Veja em edição das páginas amarelas nesta quinta-feira (17), o senador Ciro Nogueira (PP-PI) fez previsões otimistas para a direita nas eleições de 2026 e reforçou sua confiança na liderança de Jair
Bolsonaro, mesmo diante da inelegibilidade do ex-presidente.
Para Ciro, a centro-direita terá uma vitória esmagadora.
“Vamos eleger 80% do Congresso, a maioria dos governadores — inclusive no Nordeste”, afirmou.
Articulação centro e direita
Presidente nacional do Progressistas e articulador da federação com o União Brasil, Ciro vê na união das forças de centro e direita a chave para derrotar o que classifica como um governo “ultrapassado” e “obsoleto”.
Lula e a realidade
Na entrevista, criticou duramente o presidente Lula, acusando-o de estar desconectado da realidade atual.
“A idade é o menor dos problemas. Lula não entende mais como o povo vive, trabalha, consome.”
Anistia dos presos de 8/1
Ciro defendeu abertamente a anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro, inclusive para o próprio Bolsonaro.
“As penas foram exageradas. Não houve golpe, foi vandalismo. O próprio Supremo reconhece isso quando põe gente em casa”, disse, em referência à soltura de presos como a manifestante conhecida como “moça do batom”.
Saída total do governo
Apesar do Progressistas ainda ter espaço no governo Lula, com o comando do Ministério do Esporte e da Caixa, o senador defendeu o rompimento formal.
“Fui contra a entrada no governo. A presença do partido ali não representa nossa base. Estamos quase todos na oposição.”
O futuro e o bolsonarismo
Sobre o futuro da direita, foi categórico ao dizer que se Bolsonaro não puder ser candidato, o campo conservador deve escolher seu nome até o fim de 2025 — seja um filho, seja um aliado como Tarcísio de Freitas, Ratinho Jr., Tereza Cristina ou Ronaldo Caiado.
“Quem Bolsonaro apoiar se torna viável”, disse.
Também não descartou ser vice em uma chapa presidencial.
“Se for o melhor nome na hora certa, ficarei honrado”, declarou.
STF e o congresso
Ciro ainda alertou o STF, pois caso não recue no “excesso de protagonismo”, o impeachment de ministros poderá voltar ao centro do debate político.
“Espero que isso não seja necessário, mas a Corte precisa voltar a cumprir seu papel constitucional”, afirmou o senador.
A entrevista marca mais um passo na consolidação de Ciro como articulador nacional da direita e prenuncia um novo ciclo de enfrentamento político rumo às eleições de 2026.