A Fundação Municipal de Saúde e os conselhos de Enfermagem, Medicina e Fisioterapia estiveram em audiência extrajudicial mediada pelo Ministério Púbico nesta terça-feira (13) para deliberar sobre a falta de medicamentos e profissionais na rede pública de saúde de Teresina.
Recentemente o Hospital-Maternidade do Buenos Aires e a Maternidade Wall Ferraz foram interditados depois que os Conselhos Regionais de Enfermagem e Medicina constatram irregularidades. Durante inspeção no Hospital do Monte Castelo, também verificou-se a falta de medicamentos básicos essenciais ao tratamento dos pacientes, mas os serviços não foram suspensos.
Na audiência foi abordado que a FMS passa por dificuldades no pagamento dos fornecedores, além das sucessivas compras de medicamentos sem passar por processo de licitação. O Ministério Público também apontou que não há concurso público para o provimento de mais profissionais.
Já a presidente da FMS, Clara Leal, declarou que existem diversas informações desencontradas e, por ter assumido o cargo recentemente, vai averiguar cada ponto destacado na audiência. Ela também afirmou estar buscando soluções para os problemas apresentados.
“Concordo que temos dificuldades, nesse ano de 2022, em relação ao desabastecimento. Nunca deixamos de reconhecer isso. Porém, ainda acho que temos de encontrar uma saída”, disse a presidente.
O presidente da audiência, Promotor Eny Pontes, se mostrou insatisfeito com as argumentações da FMS. “Na apresentação da presidente, diante dos questionamentos, pouco foi dito para o avanço do saneamento das irregularidades existentes na FMS. Considero a situação muito grave”, disse.