O Piauí registrou 692 novos casos de Hanseníase em 2022, de acordo com os dados divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), nesta quarta-feira (18).
Destes, 22 casos foram em menores de 15 anos de idade, tendo sido a doença identificada ainda em atividade.
O mês de janeiro, no Piauí, é dedicado a conscientização e enfrentamento da Hanseníase, através do chamado Janeiro Roxo, realizado pela Sesapi.
O objetivo do Janeiro Roxo é alertar a sociedade civil sobre sinais e sintomas da doença e mobilizar profissionais da saúde sobre a busca ativa para o diagnóstico precoce da Hanseníase, prevenção de sequelas e enfrentamento ao estigma que está presente na história dos pacientes, além de garantir que a comunidade tenha conhecimento do tratamento gratuito existente no SUS.
Esse ano, a campanha tem como tema “Hanseníase: identificou, tratou, curou” e traz atividades como webinários, oficinas, rodas de conversa, seminário e também uma cerimônia de premiação, que ocorre nesta quinta-feira (19), a partir das 9h, no pátio da Sesapi.
Durante o evento serão homenageadas pessoas importantes que atuam no combate à hanseníase no Piauí.
Eliracema Alves, supervisora de Hanseníase na Sesapi, explicou que é importante conscientizar as pessoas para a doença.
“Ter todo um trabalho de conscientização e fazer com que as pessoas procurem os serviços de saúde para identificar rapidamente a doença é essencial. Um tratamento precoce é o principal passo para evitar uma evolução negativa da doença. Ter casos da doença em menores de 15 anos também chama uma atenção para as pessoas observarem cada vez mais os sinais e sintomas para buscar o serviço de saúde em momento oportuno”, explicou a supervisora.
A Hanseníase é uma doença crônica com contaminação pelas vias aéreas superiores, o diagnóstico é clínico e epidemiológico, realizado por meio do exame geral e dermatoneurólogico para identificar lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade e/ou comprometimento de nervos periféricos, com alterações sensitivas, motoras e/ou autonômicas.
“O diagnóstico rápido nos permite um tratamento precoce que é mais efetivo na interrupção do ciclo de contaminação, ajudando assim a reduzir o número de possíveis novos casos no estado”, ressaltou Eliracema Alves.