O Laboratório Central de Saúde Pública “Dr Costa Alvarenga”, o Lacen, vai passar a realizar testes de diagnóstico da Monkeypox, antes chamada de varíola dos macacos. Até agora, as amostras para diagnósticos precisavam ser enviadas para Belém, no Pará. A medida vai reduzir drasticamente o tempo de espera pelo resultado, que antes levava 20 dias, e agora deve levar menos de 5 dias.
O exame que será realizado no Piauí é do tipo PCR, considerado padrão ouro para diagnóstico da doença. O procedimento é feito a partir de amostras das lesões. Se elas ainda tiverem líquido no interior é feita a coleta. Em caso de feridas já secas é realizada a raspagem.
O Lacen já tinha o equipamento chamado de Termociclador de PCR em tempo real, mas precisava dos kits específicos para o diagnóstico da doença. O ministério da Saúde então, enviou ao Piauí 400 kits, número que rende um total de 96 amostras por kit.
O Kit Molecular Monkeypox (MPXV) foi desenvolvido pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
De acordo com o supervisor do Laboratório Bio Molecular do Lacen, Adelino Soares, o Piauí ganha em agilidade no resultado dos exames. “Antes tínhamos que aguardar mais de 20 dias por um resultado, pois o material era enviado ao Pará. Agora, em menos de cinco dias, podemos ter acesso ao diagnóstico, sendo mais eficaz o atendimento ao paciente”, afirma.
Até o momento, o Piauí possui 39 casos confirmados da doença, sendo 95% registrados em homens.
A Mpox é uma doença zoonótica viral causada pelo vírus Monkeypox. A transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com animal silvestre ou humano infectado com o vírus. A manifestação ocorre por meio de lesões na pele, tipo papulovesiculares e crostas.