Um estudo recente, divulgado pelo Panorama da Saúde Mental 2024, revelou que quase metade (45%) dos casos de ansiedade entre jovens de 15 a 29 anos está diretamente relacionada ao uso intensivo de redes sociais. A pesquisa também apontou que 65% dos entrevistados, de diferentes faixas etárias e regiões, apresentam dificuldades emocionais em algum grau.
Para especialistas, o uso constante dessas plataformas pode gerar impactos significativos na autoestima dos jovens. A psicóloga Elane Christine, da rede Hapvida, destaca que as redes sociais exaltam padrões de beleza e estilos de vida idealizados, criando um ambiente propício à comparação e à frustração.
“O padrão de vida e estético almejado pelos jovens é o que está sendo mostrado nas redes como ideal. A obsessão por se encaixar nesses formatos pode levar ao desenvolvimento de transtornos alimentares, mentais e até de personalidade”, alerta.
Comparação, distorção e isolamento
Segundo a psicóloga, ao perceberem que não fazem parte do padrão frequentemente compartilhado nas redes sociais, muitos jovens passam a se comparar excessivamente, dando início a autocobranças que abalam a autoconfiança e o bem-estar emocional. Isso pode resultar em episódios de isolamento social.
Além disso, o uso de filtros digitais, potencializados por inteligência artificial, intensifica distorções de imagem e pode reforçar a busca por padrões estéticos difíceis ou até impossíveis de alcançar.
Como promover um uso consciente das redes
Para ajudar jovens e suas famílias a lidarem melhor com os desafios do ambiente digital, Elane Christine listou algumas recomendações voltadas tanto para adolescentes quanto para pais e responsáveis:
Dicas para os jovens:
Dicas para os pais:
A pesquisa serve de alerta para que o uso das redes sociais seja feito de maneira mais consciente, crítica e equilibrada, preservando a saúde mental e emocional de uma geração cada vez mais conectada, mas também vulnerável aos impactos do mundo digital.