A rede social Bluesky alcançou um importante marco ao atingir 10 milhões de usuários, com destaque para o público brasileiro, que representa a maior parte dos perfis ativos. Esse crescimento acelerado ocorreu após a suspensão do X (antigo Twitter) no Brasil, o que fez da Bluesky uma das principais alternativas para os usuários no país.
A plataforma anunciou o marco em uma mensagem oficial, publicada em inglês e português: “Se você está lendo isso, você é um dos primeiros 10 milhões de usuários do Bluesky!”. O número impressiona, considerando que em novembro de 2023 a rede possuía apenas 2 milhões de usuários após um ano de operação. O aumento exponencial foi impulsionado após o banimento da rede de Elon Musk, resultando em 8 milhões de novos cadastros em apenas três dias.
If you're reading this, you're one of the first 10 million users on Bluesky! Se você está lendo isso, você é um dos primeiros 10 milhões de usuários do Bluesky!
— Bluesky (@bsky.app) 2024-09-15T19:25:54.700Z
Novidades e adaptações
Para receber a nova onda de usuários, a equipe da Bluesky trabalhou rapidamente para implementar recursos adicionais, como a possibilidade de postar vídeos, ainda que com algumas limitações, e ferramentas para combater conteúdos tóxicos e abusivos, em uma tentativa de manter a qualidade da experiência na plataforma.
Banimento do X no Brasil
O crescimento da Bluesky está diretamente ligado à suspensão do X no Brasil. A rede social foi tirada do ar em 31 de agosto, após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A plataforma de Elon Musk foi banida por tempo indeterminado, por não atender às ordens judiciais de combater conteúdos considerados criminosos.
Em 13 de setembro, o STF autorizou a transferência de R$ 18,3 milhões das contas do X e da Starlink para os cofres da União, como parte das sanções aplicadas. No entanto, o serviço segue proibido de operar no país, por não ter um representante local e continuar descumprindo as determinações judiciais.
Com a saída do X, redes como Bluesky e Threads têm sido as principais alternativas para o público brasileiro, que busca plataformas com maior liberdade de expressão e melhor controle sobre conteúdos ofensivos.