Operação Penalidade Máxima é ampliada e investiga resultados da série A

Nesta terça-feira a polícia cumpriu mandados em seis estados da federação

Por Redação do Portal AZ,

O Ministério Público de Goiás, em parceria com autoridades de outros estados, realizou uma operação que cumpriu três mandados de prisão preventiva e mais 20 mandados de busca e apreensão em seis estados e 16 cidades. A ação é uma ampliação da Operação Penalidade Máxima, que investiga a manipulação de resultados no futebol. 

Foto: Divulgação MP-GOOperação "Penalidade Máxima" cumpriu mandados em seis estados
Operação "Penalidade Máxima" cumpriu mandados em seis estados

A operação abrange jogos dos campeonatos estaduais de Goiás, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e São Paulo, todos de 2022, e também há suspeitas de manipulação em cinco jogos da Série A deste ano. As partidas específicas não foram divulgadas.

Os investigadores apuraram que um grupo criminoso cooptava jogadores com ofertas que variavam entre R$ 50 mil e R$ 100 mil para que cometessem lances específicos nos jogos, como um número determinado de faltas, levar cartão amarelo, garantir um número específico de escanteios para um dos lados e até atuar para a derrota do próprio time. Os apostadores obtinham lucros altos em diversos sites de apostas.

Foto: Julia GalvãoVictor Ramos, zagueiro do Chapecoense
Victor Ramos, zagueiro do Chapecoense

Entre os alvos da operação está o zagueiro Victor Ramos, da Chapecoense. De acordo com os investigadores, pelo menos cinco jogos da Série A em 2022 teriam sido fabricados por apostadores. Os mandados de prisão e de busca e apreensão foram expedidos pela Justiça de Goiás.

Entenda

A história começou a ser investigada no final do ano passado, depois que o volante Romário, do Vila Nova-GO, aceitou uma oferta de R$ 150 mil para cometer um pênalti no jogo contra o Sport pelo Campeonato Brasileiro da Série B. 

Foto: Roberto Corrêa/Vila NovaRomário, ex-volante do Vila Nova acusado de participar dos esquemas de manipulação
Romário, ex-volante do Vila Nova acusado de participar dos esquemas de manipulação

Ele recebeu um sinal de R$ 10 mil e só teria os demais R$ 140 mil após a partida. Como não foi relacionado, tentou cooptar colegas de time – sem sucesso. O presidente do Vila Nova, Hugo Jorge Bravo, investigou o caso e entregou as provas para o Ministério Público de Goiás. 

A primeira denúncia, feita há dois meses, indicava que havia três jogos suspeitos na Série B do ano passado. Mas a suspeita é de que existam muito mais jogos manipulados, em várias competições, o que faz com que a operação se torne nacional

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Fonte: Com informações do Ge

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