CBF proíbe transmissões próprias de clubes na série D a partir da 1ª rodada

Revogação de autorização anterior gera críticas e expectativa, enquanto entidade negocia direitos de transmissão com empresas do setor

Por Carlos Sousa,

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) proibiu os 64 clubes participantes da Série D do Campeonato Brasileiro de realizarem transmissões próprias de suas partidas. A decisão, que passa a valer já na primeira rodada da competição, marca uma reviravolta em relação à orientação anterior da entidade, divulgada em 16 de abril, que permitia aos clubes transmitir os jogos por meio de seus próprios canais, inclusive nas plataformas digitais.

Foto: Rafael Ribeiro/CBFSérie D 2025 começa neste fim de semana •
Série D 2025 começa neste fim de semana •

A nova determinação ocorre às vésperas da estreia da Série D, neste sábado (19), e impacta diretamente equipes que vinham se organizando para manter o engajamento de suas torcidas e gerar receita com produções próprias.

Em nota oficial, a CBF justificou a medida afirmando que estão em “negociações avançadas” com empresas interessadas na aquisição dos direitos televisivos e digitais da competição, e que, por isso, decidiu centralizar as transmissões a fim de garantir a integridade das tratativas comerciais.

Mudança repentina causa apreensão

A decisão pegou dirigentes e torcedores de surpresa. Muitos clubes vinham investindo em estrutura de transmissão independente, contando com o aval formal emitido anteriormente. Com a revogação do ofício do dia 16, essas equipes agora enfrentam incertezas sobre a visibilidade de seus jogos e a manutenção de vínculos com os torcedores que acompanham as partidas à distância.

A Série D representa a quarta divisão do futebol brasileiro, sendo um dos principais acessos para clubes regionais que almejam subir no cenário nacional. A edição de 2025 reúne equipes tradicionais, como a Portuguesa (SP) e o Santa Cruz (PE), que possuem grande apelo popular e histórico no futebol brasileiro.

Impactos e expectativas

Com a proibição, a exibição dos jogos agora depende exclusivamente de contratos firmados pela CBF com emissoras ou plataformas. Ainda não há confirmação oficial sobre qual empresa ou consórcio assumirá os direitos de transmissão, o que gera expectativa tanto entre os clubes quanto entre os torcedores.

A medida também reabre discussões sobre a autonomia dos clubes em divisões inferiores, frequentemente prejudicados por falta de visibilidade e recursos. A centralização dos direitos pode representar ganhos em escala para a confederação e eventuais parceiros comerciais, mas levanta dúvidas quanto à redistribuição das receitas e à manutenção do acesso democrático aos jogos, especialmente para torcedores de regiões distantes dos grandes centros.

Fonte: CNN Brasil

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