Balanço aponta queda das receitas do Governo do Estado em 2022
Total de receitas foi de mais de R$ 14 bilhões no 3º quadrimestre de 2022
A Assembleia Legislativa do Estado do Piauí (Alepi) divulgou, nesta segunda-feira (24), o balanço fiscal das despesas de 2022. Os dados apresentados pelo Executivo aos deputados apontam uma queda significativa das receitas do Estado comparado ao ano anterior.

De acordo com os dados divulgados, o total de receitas foi de mais de R$ 14 bilhões no 3º quadrimestre de 2022, enquanto o total de despesas superou os R$ 16 bilhões.
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Segundo o secretário estadual da Fazenda, Emílio Júnior, essa diferença se deve ao a alteração feita ao planejamento devido às leis 192 e 194 responsáveis pela limitação da cobrança do ICMS pelos estados. "Foi um ano muito difícil. Você tinha um planejamento de estudo da arrecadação e ele foi abruptamente alterado.”
Apesar disso, o relatório apresentado demonstrou um aumento nos gastos com educação e saúde, cujos investimentos ficaram acima dos índices exigidos: 25% e 12%, além de uma redução na despesa com pessoal. "O maior gasto do Estado é com a folha de pagamento. Quando começa a estrangular, começa a faltar dinheiro para outros investimentos. O Estado ficou abaixo do limite de alerta da Lei de Responsabilidade Fiscal. Mesmo juntando todos os poderes, o Estado está dentro do limite" , destacou Emílio Júnior.
O presidente da Comissão de Fiscalização e Controle, Finanças e Tributação da Assembleia, deputado Henrique Pires (MDB), questionou o gestor sobre a execução das emendas indicadas pelos deputados, já que parte das emendas parlamentares ao Orçamento de 2023 não foram executadas por falta de recursos. "A gente queria o apoio do Executivo pra que elas possam virar realidade em 2024", frisou Henrique Pires.
Em resposta ao deputado, Emílio Júnior voltou a falar das dificuldades enfrentadas em 2022 em relação à queda da receita, a exemplo dos recursos vinculados ao Fundef (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério). "Fizemos todo um plano do Fundef. Foi dito que a parte dos juros era parte do Tesouro. Aí depois veio um juiz federal e fez aquela ação. Tinha um bilhão pra ser liberado pra investimento. Você tinha todo um planejamento e houve essa desorganização no ano passado", disse.
A deputada Simone Pereira (MDB) presidiu a audiência, que também contou com a participação dos deputados Evaldo Gomes (Solidariedade), Severo Eulálio (MDB), Hélio Isaías (PT), Rubens Vieira (PT) e Felipe Sampaio (MDB).
Uma nova audiência está prevista para junho deste ano, quando o Executivo deve apresentar o balanço fiscal referente ao 1º quadrimestre de 2023.
Fonte: Assembleia Legislativa