Copom reavalia taxa básica de juros para controlar inflação nesta quarta
Para 2023 e 2024, as metas de inflação perseguidas pelo BC, definidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), são de 3%, com uma faixa de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) em Brasília irá determinar, nesta quarta-feira (20), a taxa básica de juros, a Selic, na sexta reunião de 2023. A expectativa é que o órgão reduza a taxa dos atuais 13,25% ao ano para 12,75% ao ano. Este seria o segundo corte desde agosto, quando a autoridade monetária interrompeu o ciclo de aperto monetário devido à significativa queda da inflação nos meses anteriores.
Na última reunião, o Copom já previa cortes de 0,5 ponto nas próximas reuniões, avaliando que esse ritmo seria apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para controlar a inflação.
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De acordo com o Boletim Focus, pesquisa semanal com analistas de mercado, a taxa básica deve realmente cair 0,5 ponto percentual, embora algumas instituições projetem um corte de até 0,75 ponto. A expectativa geral do mercado financeiro é que a Selic encerre o ano em 11,75% ao ano.
Apesar da recente desaceleração da inflação, o Copom salientou que alguns preços ainda sobem ou caem menos do que o previsto, indicando que a autoridade monetária reduzirá os juros de forma conservadora.
Com os índices de preços desacelerando nos últimos meses, as expectativas de inflação diminuíram. A estimativa de inflação para este ano, de acordo com o Focus, caiu de 4,93% para 4,86%.
Para 2023 e 2024, as metas de inflação perseguidas pelo BC, definidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), são de 3%, com uma faixa de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75%, e o superior é 4,75%.
A taxa básica de juros, a Selic, é crucial nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para outras taxas na economia. O BC utiliza a Selic para manter a inflação sob controle. Quando o Copom aumenta a taxa, busca controlar a demanda aquecida, o que afeta os preços. Por outro lado, a redução da Selic tende a tornar o crédito mais barato, incentivando a produção e o consumo, mas pode dificultar o controle da inflação. O Copom se reúne a cada 45 dias para definir a Selic.
Fonte: Agência Brasil