Ranking coloca Teresina como uma das melhores capitais para se viver no Brasil
A capital ficou à frente de cidades como Recife, Rio de Janeiro e Porto Alegre
Um estudo recente que aplicou o Índice de Progresso Social (IPS) em todas as cidades brasileiras destacou Teresina como a 11ª melhor capital para se viver no Brasil, . A pesquisa utilizou uma metodologia internacional que avalia o bem-estar da população com base em dados oficiais, resultando em um ranking sobre a qualidade de vida nos 5.700 municípios do país. Entre as capitais, Brasília (DF) lidera, enquanto Porto Velho (RO) ocupa a última posição. O estado de São Paulo é o melhor avaliado, e o Pará, o pior.

O levantamento, denominado IPS Brasil, filtrou mais de 300 indicadores até chegar a 52, oriundos de órgãos oficiais e institutos de pesquisa como DataSUS, Conselho Nacional de Justiça, MapBiomas, Anatel e CadÚnico. Os dados inéditos foram produzidos pelo MapBiomas, abordando áreas verdes e disponibilidades de praças.
O IPS é dividido em três dimensões principais: Necessidades Humanas Básicas, Fundamentos para o Bem-estar e Oportunidades. Cada dimensão é composta por quatro componentes, que são formados por vários indicadores com diferentes pesos. Por exemplo, no componente de segurança, a taxa de homicídios tem um peso maior que a de mortes de jovens.
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A capital do Piauí, Teresina, obteve uma nota de 67,37, destacando-se em várias áreas. No ranking dos estados, São Paulo lidera e o Pará está na última posição, com o Piauí em 16º lugar.
Pontos Fortes de Teresina:
Taxa de matrícula escolar: Com 98%, Teresina supera a média nacional de 97%.
Inclusão social: A cidade implementa ações para proteger os direitos das minorias.
Direitos individuais e liberdades de escolha: A cidade apresenta boas notas no acesso a direitos humanos e liberdades individuais.
Acesso à educação superior: Teresina proporciona bom acesso à educação superior, facilitando o desenvolvimento acadêmico e profissional dos moradores.
Pontos Neutros:
Nutrição e cuidados médicos básicos: A maioria da população tem acesso adequado a alimentos e assistência médica básica.
Moradia: A qualidade das habitações está dentro da média, oferecendo condições adequadas com serviços básicos.
Acesso à informação e comunicação: A cidade apresenta um acesso razoável às informações e à comunicação.
Qualidade do meio ambiente: O índice de qualidade do ar é bom, mas a área verde per capita precisa de melhorias.
Pontos Fracos:
Taxa de desemprego: Com 12%, está acima da média nacional de 8%.
Expectativa de vida: Com 74 anos, fica abaixo da média nacional de 76 anos.
Taxa de mortalidade infantil: Com 18 por mil nascidos vivos, é superior à média nacional de 15.
Taxa de criminalidade: Registra 25 por mil habitantes, acima da média nacional de 20.
Índice de homicídios: Com 30 homicídios por 100 mil habitantes, supera a média nacional de 25.
Embora Teresina tenha pontos fortes, há áreas críticas que necessitam de melhorias urgentes. As altas taxas de desemprego, criminalidade e homicídios demonstram a necessidade de investimentos em segurança pública. A seleção dos indicadores priorizou os mais recentes, de boa qualidade e produzidos anualmente, afastando o uso de números do Censo. O IPS Brasil será atualizado anualmente, com a intenção de medir se, no final do dia, as pessoas estão vivendo melhor, independentemente da renda do município.
Especialistas explicam que cidades planejadas, como Brasília, Teresina, Goiânia, Belo Horizonte, Florianópolis e Curitiba, lideram o ranking pois, apesar dos problemas comuns a qualquer "metrópole", a melhor organização e infraestrutura possibilita mais meios. Cidades com serviços públicos bem distribuídos, como Teresina, João Pessoa e Aracaju, também se destacam. Por outro lado, capitais do Norte, Rio de Janeiro e algumas capitais do Nordeste, pontuaram mal devido à desigualdade social.
Beto Veríssimo, coordenador do IPS Brasil, explica que o objetivo não é ranquear os maiores PIBs, mas qualificar os resultados para medir a qualidade de vida. Cidades mais desiguais são afetadas negativamente, enquanto aquelas com serviços públicos bem distribuídos, mesmo em áreas mais pobres, se destacam.
Fonte: IPS Brasil