Mercado eleva previsão de inflação para 2024
Relatório do Banco Central aponta aumento na estimativa do IPCA para 4,2%, enquanto expansão do PIB permanece em 2,2% para este ano
O mercado financeiro revisou para cima a previsão da inflação no Brasil para 2024, de 4,12% para 4,2%, conforme divulgado no Boletim Focus do Banco Central nesta segunda-feira (12). Essa elevação coloca a expectativa do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ligeiramente acima da meta de inflação estabelecida para o ano, mas ainda dentro do intervalo de tolerância definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Para os próximos anos, as projeções de inflação indicam uma leve estabilidade, com o mercado esperando 3,97% em 2025 e 3,6% em 2026, com uma redução gradual até 2027, onde a previsão é de 3,5%. A meta de inflação para 2024 é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, o que coloca o teto em 4,5%.
A partir de 2025, o Brasil adotará um sistema de meta contínua para a inflação, sem a necessidade de definir metas anuais, com o CMN estabelecendo uma meta central de 3%, e a mesma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.
Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), a projeção de crescimento da economia brasileira para 2024 se manteve estável em 2,2%. Para os anos seguintes, o mercado prevê um crescimento de 1,92% em 2025 e 2% tanto para 2026 quanto para 2027. Em 2023, o PIB brasileiro surpreendeu ao crescer 2,9%, superando as expectativas iniciais, e atingindo um valor total de R$ 10,9 trilhões.
Taxa selic e o controle da inflação
O Banco Central continua utilizando a taxa Selic como principal instrumento de controle da inflação. Atualmente, a Selic está em 10,5% ao ano, após um ciclo de sete reduções consecutivas, interrompido em julho, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a taxa inalterada. O mercado financeiro prevê que a Selic termine 2024 nesse mesmo patamar, com uma redução gradual nos anos seguintes, chegando a 9,75% em 2025 e 9% em 2026 e 2027.
A trajetória da Selic tem sido crucial para a dinâmica econômica do país. Desde 2021, o Banco Central ajustou a taxa para conter a alta da inflação, com um período de aperto monetário que elevou a Selic para 13,75% ao ano, antes das reduções mais recentes. A manutenção da Selic em 10,5% reflete as incertezas econômicas globais e as pressões inflacionárias internas.
Câmbio e expectativas para o dólar
No mercado cambial, as previsões indicam que a cotação do dólar deverá se manter em torno de R$ 5,30 até o final de 2025. Essa estabilidade cambial é vista como um fator importante para a previsibilidade econômica e a estabilidade dos preços, influenciando diretamente tanto a inflação quanto a competitividade das exportações brasileiras.
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Fonte: Agência Brasil