Renda média dos trabalhadores aumenta 5,8% em um ano com destaque para idosos
Trabalhadores com mais de 60 anos e nordestinos lideram crescimento da renda habitual no Brasil
A renda habitual média dos trabalhadores brasileiros registrou um crescimento interanual de 5,8%, conforme estudo publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) nesta sexta-feira (6). O relatório, baseado em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua) do IBGE, aponta que, apesar de uma queda no rendimento médio real após o pico de R$ 3.255 em abril, a renda dos trabalhadores continua a crescer em relação ao ano anterior.

A pesquisa destaca que grupos específicos tiveram aumentos acima da média. Trabalhadores com mais de 60 anos observaram um incremento expressivo de 8,8% em seus rendimentos, enquanto a Região Nordeste liderou em termos geográficos, com um crescimento de 8,5%. Por outro lado, a renda de jovens entre 14 e 24 anos subiu de maneira mais modesta, registrando um aumento de 3,6%, e o Centro-Oeste apresentou a menor variação regional, com 3,3%.
Outro dado relevante é o aumento mais acentuado da renda entre os trabalhadores informais e autônomos. Empregados sem carteira assinada viram seus rendimentos crescerem 7,9%, trabalhadores do setor público tiveram um aumento de 7,4%, e os autônomos registraram 7%. Em contrapartida, o crescimento entre trabalhadores com carteira assinada no setor privado foi menor, atingindo 4,4%, confirmando uma tendência de crescimento mais lento para essa categoria desde o início de 2023.
Em termos de escolaridade, trabalhadores com ensino superior também se destacaram, com um aumento de 5,7% na renda, enquanto aqueles com escolaridade mais baixa, especialmente com ensino fundamental incompleto, tiveram um crescimento de apenas 1,1%. No entanto, em termos de gênero, a diferença de crescimento na renda entre homens e mulheres, que vinha se reduzindo em 2023, voltou a aumentar, com rendimentos masculinos subindo 6,2%, contra 5,2% para as mulheres.
Setorialmente, o desempenho variou de forma significativa. Enquanto trabalhadores da indústria e da administração pública observaram aumentos superiores a 8%, os setores de construção, agricultura e serviços profissionais apresentaram resultados mais modestos, com quedas ou aumentos inferiores a 2,1%.
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Fonte: Agência Brasil