Brasil ocupa 4ª posição em ameaças digitais na América Latina em 2024

Pesquisa revela que Brasil registrou 201 mil ameaças digitais no primeiro semestre

Por Dominic Ferreira,

O Brasil foi classificado como o quarto país da América Latina com mais ameaças digitais no primeiro semestre de 2024, conforme um levantamento realizado pela empresa de segurança cibernética ESET. Durante esse período, o país registrou 201 mil ameaças, representando 7,76% do total de incidentes na região. O ranking é liderado pelo Peru, que contabilizou 909 mil ameaças (35%), seguido pelo México com 351 mil (13%) e pelo Equador com 204 mil ocorrências (7,84%).

Foto: Reprodução/Freepik/Imagem ilustrativaPesquisa revela que Brasil registrou 201 mil ameaças digitais no primeiro semestre.
Pesquisa revela que Brasil registrou 201 mil ameaças digitais no primeiro semestre.

Camilo Gutierrez Amaya, chefe de pesquisa da ESET na América Latina, explica que a predominância de usuários domiciliares no Peru contribui para o alto número de ameaças detectadas. Em contraste, países como Brasil, México e Argentina possuem uma maior proporção de usuários corporativos, o que pode influenciar a dinâmica das ameaças. Amaya ressalta que os usuários domiciliares estão mais vulneráveis devido à falta de recursos adequados para segurança digital, tanto em termos de proteção tecnológica quanto em práticas de prevenção.
O levantamento também revela que a América Latina foi alvo de 2,6 milhões de amostras únicas de ataques cibernéticos, como malware, nos primeiros seis meses de 2024. Em comparação, o total global de ataques no mesmo período foi de 4 milhões. David Gonzalez, pesquisador da ESET, destaca que os criminosos frequentemente utilizam técnicas de engenharia social e exploram vulnerabilidades de software para acessar sistemas de segurança, tornando a situação ainda mais preocupante.
Entre as principais ameaças, o phishing continua a ser uma das técnicas mais utilizadas, com cerca de 1,874 milhões de ocorrências registradas na região. O sistema operacional Windows é o mais explorado pelos cibercriminosos, especialmente em suas versões que não recebem mais suporte oficial. Para mitigar os riscos, Gonzalez recomenda a atualização constante dos sistemas e a aplicação de patches de segurança, enfatizando que essas práticas são fundamentais para proteger os usuários contra ataques digitais.

Fonte: CNN Brasil

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