Ibama deve aprovar exploração de petróleo na Margem Equatorial em 2025

Petrobras aguarda licença para perfuração em região sensível; polêmica persiste

Por Dominic Ferreira,

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) deverá avaliar e possivelmente liberar a autorização para a exploração de petróleo na Margem Equatorial entre março e abril de 2025, de acordo com fontes do próprio órgão. Essa área, que se estende da costa do Rio Grande do Norte até o Amapá, tem sido alvo de intensos debates e críticas, especialmente após declarações da presidente da Petrobras, Magda Chambriard, que manifestou preocupação com a demora na concessão das licenças necessárias para a perfuração.

Foto: Reprodução/atlascompany/FreepikPetrobras aguarda licença para perfuração em região sensível; polêmica persiste.
Petrobras aguarda licença para perfuração em região sensível; polêmica persiste.

A situação é marcada por uma resistência interna e por mobilizações contrárias à exploração na Margem Equatorial, uma região que, apesar de seu potencial energético, é considerada ecologicamente sensível. A Petrobras, que já havia solicitado as licenças ao Ibama, enfrenta uma barreira que se intensificou em 2023, quando o órgão negou a autorização devido à falta de estudos adequados sobre os impactos ambientais da atividade, levantando questões sobre a governança ambiental no Brasil e o papel das instituições de controle.
O embate em torno da exploração de petróleo está inserido em uma complexa rede de interesses econômicos, políticos e ambientais. Enquanto o governo e investidores veem a exploração como uma oportunidade para impulsionar a economia e diversificar as receitas, ambientalistas alertam para os riscos que essa atividade pode representar, especialmente na região próxima à foz do rio Amazonas, que abriga ecossistemas frágeis e espécies ameaçadas.
Além das discussões sobre as licenças, há também a possibilidade da Petrobras transferir sua base operacional de Belém (PA) para Oiapoque (AP), o que poderia facilitar a logística da exploração na região. Essa proposta destaca ainda mais a necessidade de um equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a responsabilidade ambiental, especialmente em um momento em que o Brasil se prepara para sediar a COP-30, onde compromissos ambientais internacionais serão discutidos.

Fonte: CNN Brasil

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