Haddad defende consignado CLT para negociar dívidas com taxas mais acessíveis

Ministro da Fazenda visa reduzir superendividamento com nova linha de crédito

Por Dominic Ferreira,

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou a linha de crédito consignado “Crédito do trabalhador”, lançada pelo governo federal por meio de uma Medida Provisória assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em entrevista ao programa Bom dia, ministro desta quinta-feira (20), Haddad destacou que o principal objetivo da iniciativa é combater o superendividamento da população, permitindo que os brasileiros possam negociar suas dívidas em "taxas mais civilizadas".

Foto: Reprodução/Youtube/ Canal GovFernando Haddad apresenta novas medidas fiscais durante o Bom Dia, Ministro.
Fernando Haddad apresenta novas medidas fiscais durante o Bom Dia, Ministro.

Haddad enfatizou que o crédito pessoal sempre foi muito caro no Brasil, e que cerca de R$ 86 bilhões estão atualmente emprestados a taxas exorbitantes. Ele afirmou que, ao proporcionar condições para que os trabalhadores administrem suas finanças a juros razoáveis, a nova linha de crédito ajudará a evitar o superendividamento. "Crédito pessoal sempre foi muito caro no Brasil, mesmo quando o juro era baixo. Não tem nada a ver com superendividamento. É o contrário disso. Hoje você tem cerca de 86 bilhões de reais emprestados a taxas exorbitantes no crédito pessoal. Se você dá condições para o trabalhador administrar a sua carteira a um juro razoável, impede o superendividamneto", explicou o ministro, ressaltando a importância de facilitar o acesso ao crédito.

O programa "Crédito do trabalhador" beneficiará mais de 47 milhões de trabalhadores, incluindo empregados CLT, domésticos, rurais e contratados por microempreendedores individuais (MEIs), desde que estejam formalizados. A nova modalidade de consignado entrará em vigor na sexta-feira (21), por meio da Carteira de Trabalho Digital, tanto na internet quanto em aplicativos móveis. As parcelas serão descontadas diretamente da folha de pagamento, o que deverá resultar em taxas de juros mais baixas do que as atualmente aplicadas.

Além disso, Haddad comentou sobre a taxa de juros de 14,25% ao ano, considerada elevada, mas que ele reconhece já era esperada devido a decisões anteriores do Copom. “Este aumento estava contratado na última reunião do Copom do ano passado, sob a antiga presidência do Banco Central. Você não pode dar um cavalo-de-pau depois que assumiu”,  concluiu o ministro. 

Fonte: Correio Braziliense

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