China reage a Trump e anuncia tarifas de 84% sobre produtos dos EUA
A decisão é uma retaliação às taxas de 104% dos EUA à China, que começaram a valer nesta quarta-feira (9). Além disso, a China incluiu novas empresas americanas na lista de entidades “não confiáveis”
A tensão comercial entre Estados Unidos e China atingiu um novo patamar nesta quarta-feira (9), após Pequim anunciar o aumento das tarifas sobre produtos norte-americanos para até 84%, em resposta direta à imposição de novas taxas por parte do presidente Donald Trump.

A retaliação chinesa ocorre após os EUA elevarem suas tarifas para 104% sobre mercadorias chinesas, intensificando a disputa entre as duas maiores economias do mundo. Segundo o Ministério das Finanças da China, a escalada tarifária por parte de Washington representa “um erro em cima de outro” e fere “os direitos e interesses legítimos da China”, além de minar o sistema de comércio global baseado em regras.
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Além das novas tarifas, o governo chinês também anunciou restrições a 18 empresas norte-americanas ligadas ao setor de defesa, ampliando a lista de companhias punidas, que já soma cerca de 60 nomes.
O anúncio das medidas retaliatórias foi oficializado por meio de um comunicado da Comissão Tarifária do Conselho de Estado, que informou que os aumentos entram em vigor a partir das 12h01 da quinta-feira (10). O documento detalha que a alíquota adicional sobre produtos dos EUA passará de 34% para 84%.
Mais cedo, a China havia publicado um relatório sobre as relações comerciais bilaterais, no qual defende que o superávit comercial com os Estados Unidos é resultado de “vantagens comparativas” e da atual divisão internacional do trabalho, e não de práticas desleais. O relatório também afirma que Pequim não busca deliberadamente manter um superávit nas trocas com Washington.
Trump, por sua vez, tem adotado uma política agressiva de tarifas, argumentando que muitos países — com foco especial na China — se beneficiam de forma desproporcional do mercado consumidor norte-americano, enquanto impõem barreiras às empresas dos EUA.
Fonte: Com informações da CNN