Dinheiro esquecido em bancos totaliza R$ 9,024 bilhões e saque ainda é possível

Ministério da Fazenda afirma que não há prazo para resgatar valores a receber

Por Dominic Ferreira, 21/04/2025 09:46

Dados recentes do Banco Central revelam que mais de 48 milhões de brasileiros, incluindo pessoas físicas e jurídicas, ainda não sacaram um total de R$ 9,024 bilhões que foram esquecidos no sistema financeiro. Inicialmente, o prazo para consulta e retirada desse “dinheiro esquecido” terminaria em abril, mas o Ministério da Fazenda esclareceu que esse prazo não se encerra nesta semana, permitindo que os cidadãos ainda resgatem os valores.

Foto: Reprodução | Marcelo Casal Jr | Agência Brasil

. Prazo para consulta e retirada de 'dinheiro esquecido' nos bancos finaliza em abril.

Em setembro de 2024, o Congresso Nacional aprovou uma proposta que autoriza o governo a recolher recursos que permanecem inativos em contas bancárias. A lei foi sancionada pelo presidente Lula no mesmo mês. O prazo oficial para solicitar a restituição dos valores encerrou-se em 16 de outubro, momento em que os fundos deveriam ser transferidos ao Tesouro Nacional. Contudo, informações do Portal G1 indicam que essa transferência não ocorreu, o que impede o prosseguimento do processo.

De acordo com o Ministério da Fazenda, a Lei nº 14.973/2024 estipulou que um edital com novas regras para o saque seria publicado, mas até o momento esse documento não foi disponibilizado. Isso significa que o prazo de seis meses para requerer judicialmente o reconhecimento do direito aos depósitos, conforme mencionado no artigo 46 da lei, ainda não começou e, portanto, não se encerrará nesta semana.

Os cidadãos interessados em consultar se têm valores a receber devem acessar o site oficial do Banco Central em valoresareceber.bcb.gov.br, fornecendo seu CPF e data de nascimento. Até agora, o Sistema de Valores a Receber (SVR) já restituiu R$ 9,7 bilhões aos clientes bancários. Dos R$ 9,024 bilhões ainda não sacados, aproximadamente R$ 6,8 bilhões pertencem a 46,4 milhões de pessoas físicas, enquanto R$ 2,1 bilhões são de 4,2 milhões de empresas.

Fonte: Brasil 61