Mercado reduz previsão de inflação para 2025, mas estima alta na selic
Expectativa de IPCA cai para 5,57%, mas ainda supera teto da meta do Banco Central
A mais recente edição do Boletim Focus, divulgada nesta terça-feira (22) pelo Banco Central (BC), trouxe uma leve melhora na expectativa do mercado para a inflação oficial de 2025. A projeção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) recuou de 5,65% para 5,57%, ainda acima do teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional, que é de 4,5%.

Apesar da queda, o índice continua distante do centro da meta, fixado em 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
- Participe do nosso grupo de WhatsApp
- Participe do nosso grupo de Telegram
- Confira os jogos e classificação dos principais campeonatos
A inflação segue pressionada por fatores como a alta nos preços dos alimentos e da energia elétrica. Em março, o IPCA fechou em 0,56%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), acumulando 5,48% em 12 meses.
Para tentar conter a inflação, o Banco Central tem elevado a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 14,25% ao ano. Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), houve um novo aumento de um ponto percentual.
O BC sinalizou que novas elevações podem ocorrer, embora em menor intensidade. A previsão do mercado é que a Selic encerre 2025 em 15% ao ano.
A alta nos juros encarece o crédito, reduz o consumo e ajuda a controlar os preços, mas também pode desacelerar a economia.
A previsão para o crescimento da economia brasileira em 2025 subiu levemente de 1,98% para 2%. Para os anos seguintes, o mercado estima um crescimento de 1,7% em 2026, e de 2% em 2027 e 2028.
Já o dólar deve chegar a R$ 5,90 até o final deste ano, com expectativa de alta para R$ 5,96 até o fim de 2026.
Fonte: Agência Brasil