"Cometa do Diabo" será visível no Brasil neste domingo após o pôr do sol

O "Cometa do Diabo", nome dado ao cometa 12P/Pons-Brooks, estará visível no Brasil neste domingo (21), alcançando seu ponto mais próximo do Sol. Observadores poderão avistá-lo na direção oeste após o pôr do sol, por volta das 17h40 às 18h30, utilizando binóculos e telescópios devido à sua intensidade de brilho. Desde o dia 7 de abril, observadores têm acompanhado a passagem do cometa na Região Nordeste do país, sendo os estados mais ao Norte os primeiros a vê-lo no céu.

Segundo o astrônomo do Observatório Nacional, Filipe Monteiro, o cometa não será visível a olho nu devido à intensidade de seu brilho, sendo necessário o uso de binóculos e telescópios. O melhor horário para a observação será entre 17h40 e 18h30, olhando na direção oeste, na mesma direção do pôr do sol.

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Foto: Caio Correia/ Observatório Nacional

Cometa do Diabo poderá ser visto no Brasil

Monteiro explicou que a maior dificuldade será encontrar um lugar com o horizonte oeste livre, já que o cometa estará baixo no céu, a uma altura de cerca de 15 graus.

O nome "Cometa do Diabo" foi dado ao 12P/Pons-Brooks em julho de 2023 pelo astrônomo Elek Tamás, do Observatório Harsona na Hungria. O apelido surgiu após uma explosão inesperada do cometa, que aumentou consideravelmente seu brilho e distorceu sua coma em forma de ferradura ou chifres.

Filipe Monteiro esclareceu que o nome não tem relação com algo maligno, sendo apenas uma referência à aparência peculiar do cometa. O 12P/Pons-Brooks é comparado à nave Millennium Falcon da franquia Star Wars devido a sua forma que aparenta ter "chifres".

Os cometas, compostos por gases congelados, rocha e poeira, se tornam ativos quando se aproximam do Sol, aquecendo e transformando o gelo em gás. Isso forma uma nuvem ao redor do cometa, chamada de coma.

O "Cometa do Diabo" também está sendo investigado pelos astrônomos devido aos seus "chifres" incomuns. Diversas hipóteses estão sendo consideradas, incluindo a liberação desigual de gás e poeira e efeitos de sombra causados pela topografia do cometa.

Fonte: Agência Brasil