Quem é influenciador misógino e réu por estupro citado em série da Netflix?

O influenciador britânico-americano Andrew Tate voltou a ser assunto nas redes sociais após seu nome ser citado na série Adolescência, da Netflix, em um contexto relacionado ao movimento incel. Tate, que se autodenomina um misógino e conta com milhões de seguidores, se tornou um símbolo dos debates sobre masculinidade tóxica, violência online e radicalização de jovens. Suas declarações polêmicas incluem a defesa de que "não existe mulher independente" e que "mulheres são preguiçosas por natureza". Essas falas, associadas ao seu histórico de conteúdos que incentivam a submissão feminina e ataques ao feminismo, o tornaram uma figura controversa e preocupante no ambiente digital.

Foto: Reprodução | Google Imagens

Andrew Tate

Tate ganhou notoriedade após participar do Big Brother britânico em 2016, mas foi expulso do programa poucos dias depois devido à divulgação de um vídeo em que ele supostamente agredia uma mulher. Posteriormente, passou a se apresentar como um mentor de jovens homens, vendendo cursos online e promovendo um estilo de vida luxuoso. No entanto, suas atividades levantaram suspeitas e investigações, culminando em sua prisão na Romênia, onde foi acusado de estupro, tráfico de pessoas e formação de organização criminosa para exploração sexual. Ele e seu irmão, Tristan, negam todas as acusações, mas continuam sendo alvo de múltiplos processos judiciais.

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Foto: Reprodução | Netflix

"Adolescência", série da Netflix.

Além dos crimes pelos quais responde na Romênia, Andrew Tate também enfrenta processos no Reino Unido, incluindo uma ação civil movida por quatro mulheres que alegam terem sido vítimas de agressão sexual. Em outra frente, Tate é investigado por fraude fiscal e enriquecimento ilícito em um esquema de exploração por meio de plataformas online, onde homens eram induzidos a gastar grandes quantias em interações com modelos de webcam. O influenciador também chegou a ser banido de diversas redes sociais, incluindo TikTok, YouTube e Instagram, devido à disseminação de discursos de ódio e incentivo à violência contra mulheres.

Mesmo diante das graves acusações e de sua reputação abalada, Tate ainda mantém grande influência sobre jovens seguidores. A popularidade de seus conteúdos levanta preocupações entre especialistas em segurança e autoridades, que apontam seu impacto na normalização da misoginia e na radicalização de adolescentes. Relatórios policiais indicam que seu discurso contribui para um aumento da violência online contra mulheres e impulsiona comportamentos agressivos em comunidades masculinas extremistas. Enquanto Tate se apresenta como vítima de perseguição midiática, autoridades continuam a reforçar medidas para combater a disseminação de sua ideologia e minimizar seus efeitos nocivos sobre a sociedade.

Fonte: Correio Braziliense