Secretário municipal teria sido preso na Operação Mandarim, mas polícia silencia
Segundo uma fonte policial o secretário estaria inclusive com disposição de fazer uma delação premiada
Na coletiva concedida à imprensa ao meio dia desta quarta-feira sobre a Operação Mandarim, a polícia civil confirmou o cumprimento de nove mandados de prisão, revelando somente alguns nomes. Entretanto, há fortes comentários de que um secretário municipal de Teresina teria sido preso.

Segundo uma fonte policial o secretário estaria inclusive com disposição de fazer uma delação premiada. “Ouvi uma informação pela manhã e, que o mesmo (o secretário) estaria envolvido com o Paulinho Chinês, traficante preso hoje em operação da DEPRE.”, acrescentou um agente policial.
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Esse assessor do prefeito Dr Pessoa esteve no Palácio de Karnak acompanhado Ítalo Freire tratando do “fortalecimento do empreendedorismo no nosso estado”, em audiência com o então governador Wellington Dias. Esse encontro ocorreu em outubro de 2021.
Na ocasião também se fez presente um candidato a deputado federal que aparece também em fotos postadas por Ítalo, em suas redes sociais, num “encontro social”, numa piscina.
Empresários são presos
A Operação Mandarim deflagrou, além das prisões, bloqueios milionários em bens dos acusados
A Operação Mandarim, deflagrada na manhã de hoje (23), prendeu três empresários, acusados de lavar dinheiro para uma operação criminosa especializada em tráfico de drogas que funcionava no Piauí e no Maranhão.
A polícia ainda determinou bloqueios de até R$30 milhões das contas dos acusados, além de apreender veículos que totalizam quase R$12 milhões.
Os empresários detidos foram identificados como Paulo Henrique da Costa, o Paulinho Chinês, apontado pela operação como líder da organização criminosa, além de proprietário da empresa IPK Empreendimentos imobiliários; Ítalo Freire Soares de Sá, proprietário da loja Ponto Charme e Ramon Santiago Matos Nascimento, dono da Achei Negócios Imobiliária.
Segundo o delegado Everton Ferrer, coordenador do Depre, o chefe do esquema criminoso era Paulinho Chinês, e os demais detidos eram ligados ao esquema que Paulo chefiava.
“Então hoje nós prendemos pessoas associadas a ele, tanto na questão do tráfico, quanto pessoas ligadas a lavagem de dinheiro, laranjas, pessoas interpostas. São pessoas que são apresentadas como empresários mas que na verdade fazem parte de um esquema (...) voltado para a questão da lavagem de dinheiro, principalmente por meio de imóveis”
Além das prisões, a polícia também apreendeu quantidade de drogas avaliada em R$2,5 milhões; sequestrou 10 veículos que totalizam um valor de quase R$12 milhões, e solicitou bloqueios de até R$30 milhões nas contas dos acusados.
A ideia é suprimir o poder aquisitivo para sufocar essas operações que financiam o tráfico de drogas.
De acordo com o coordenador do Depre, a operação e as prisões vão resultar em novos trabalhos de combate ao tráfico interno do estado.
“Um policial adiantou ao Portal AZ que se a investigação avançar mais, muita gente vai cair.”
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Fonte: Redação portal AZ