Direitos do consumidor em Portugal: o cliente nunca tem razão

Deco proteste, equivalente ao Reclame Aqui em Portugal, resolve menos da metade das reclamações de consumidores

Por Redação do Portal AZ,

No Brasil, acostumados com lei de desburocratização, LGPD e Código de Defesa do Consumidor para amparar e facilitar o dia a dia dos consumidores, em outros países, como em Portugal, essa não é a realidade.

A Lei destinada à proteção dos direitos dos consumidores em Portugal é bem mais curta e genérica que a brasileira, por exemplo, o que dificulta a defesa de casos do tipo. o Deco Proteste, plataforma de reclamações de consumidores, registrou entre janeiro e junho de 2022 mais de 100 mil reclamações.

Foto: DivulgaçãoDireitos do consumidor em Portugal: o cliente nunca tem razão
Direitos do consumidor em Portugal: o cliente nunca tem razão

Fabiano Rodrigues, mora em Portugal há dez anos vindo do Brasil e conta as diferenças que sentiu entre a forma como os dois países lidam com o direito dos consumidores.

“A burocracia em Portugal é grande para tudo, quando sofremos danos como consumidores é muito caro contratar um advogado e as chances de ganhar o processo são mínimas, abuso de valores de energia e problemas em compras online, por exemplo, já aconteceram comigo e não tive solução, enquanto no Brasil o cliente sempre tem razão, em Portugal parece que ele nunca tem razão”. 

O empreiteiro português e dono da construtora “Inversil”, Márcio Inverneiro, explica como isso impacta o setor de construção.

“Em Portugal os consumidores têm poucos direitos e quando os têm é extremamente complicado e burocrático utilizá-los, na área da construção, por exemplo, é preciso ter bastante cuidado com os recebimentos e contratos, um calote pode representar um grande prejuízo porque pode não haver meios de cobrá-lo a não ser gastando bastante com advogados”. Explica.

Márcio Inverneiro é empreiteiro português, fundador e gestor da empresa 'Inversil – Construção e Engenharia Civil', LDA.

Fonte: MF Press Global

Comente

Pequisar