Presidente Lula condena atos racistas do grupo Carrefour no Brasil

O caso aconteceu na última sexta-feira em um dos supermercados do grupo francês

Por Redação do Portal AZ,

Durante reunião ministerial realizada nessa segunda-feira (10), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou o grupo francês Carrefour, uma das maiores varejistas do mundo, por supostamente cometer crimes de racismo no Brasil. O comentário de Lula foi feito em referência ao recente caso envolvendo uma professora negra que, acompanhada por seguranças, tirou a roupa dentro do supermercado, em forma de protesto para provar que não pretendia cometer furtos.

Foto: Reprodução/InstagramIsabel Oliveira, professora e atriz, em protesto no supermercado Carrefour
Isabel Oliveira, professora e atriz, em protesto no supermercado Carrefour

A manifestação da professora Isabel Oliveira aconteceu na última sexta-feira (07) no supermercado Atacadão, uma marca da rede Carrefour no Brasil, em Curitiba. Segundo a mulher, a segurança do local a acompanhou por suspeitar que ela tentava furtar algum produto. Em protesto, a professora resolveu ficar seminua para mostrar que não portava armas e não tinha intenção de roubar.

Para Lula, a atitude da segurança do Carrefour é inaceitável e este já é o segundo caso de racismo envolvendo a rede de supermercados no país. "A gente precisa dizer para a direção do Carrefour que, se eles quiserem fazer isso no seu país de origem que eles façam, mas nesse país aqui a gente não vai admitir o racismo", declarou o presidente.

É importante ressaltar que o grupo Carrefour já havia sido condenado por racismo no Brasil. Em 2020, João Alberto Silveira de Freitas, um homem negro, foi espancado até a morte por seguranças em um supermercado da rede em Porto Alegre. Como resultado, o Carrefour teve que destinar R$ 68 milhões para o pagamento de mais de 800 bolsas de estudo e permanência para pessoas negras em instituições de ensino superior de todo o Brasil, a fim de reparar os danos morais coletivos.

Apesar disso, a rede Carrefour negou as acusações de racismo no caso envolvendo Isabel Oliveira e declarou que não houve irregularidades na abordagem dos seguranças.

Fonte: Com informações do Correio Braziliense

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