Flávio Dino diz que vai apurar campanha do Google contra a PL das Fake News
A empresa fixou em sua página inicial um link para artigo crítico à PL
O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou que irá apurar possíveis práticas abusivas de plataformas de busca e redes sociais contra o Projeto de Lei da Fake News (PL 2630/20). Segundo relatos, a empresa Google estaria usando sua plataforma para atacar o PL e o Twitter estaria deslogando as contas das pessoas para atrapalhar.

A organização de combate à desinformação Sleeping Giants Brasil divulgou a informação no Twitter e o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) pediu a abertura de inquérito no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) por possível infração contra a ordem econômica.
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Um relatório do NetLab, Laboratório de Estudos de Internet e Mídias Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), aponta um enviesamento dos resultados de busca no Google para privilegiar conteúdos críticos ao projeto de lei. O estudo também aponta denúncias de influenciadores e youtubers que receberam comunicados do YouTube afirmando que teriam menos recursos para monetizar canais em caso de aprovação do PL das Fake News.
Nesta segunda-feira, o Google fixou em sua página oficial um link com a mensagem “O PL das fake news pode aumentar a confusão sobre o que é verdade ou mentira no Brasil”. Ao clicar, o usuário é remetido a um texto do diretor de Relações Governamentais e Políticas Públicas do Google Brasil, Marcelo Lacerda, com críticas ao projeto.
O PL das Fake News tem previsão de ser votado nesta terça-feira (2) na Câmara, mas ainda há incerteza sobre se há consenso entre líderes partidários para que a matéria seja de fato chamada para votação. O relator do projeto, deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), também acusou as grandes empresas de tecnologia de “ação suja” contra o projeto que busca regulamentar as redes sociais no país. O Google, por exemplo, estaria usando sua força majoritária no mercado para ampliar o alcance das posições de quem é contra o projeto e diminuir de quem é favorável.
Fonte: Agência Brasil