Nunes Marques não viu gravidade em atos que tornaram Bolsonaro inelegível
Em contraponto o ministro reiterou que o sistema de votação tem "irrefutável integridade"
Primeiro Piauíense a ocupar uma cadeira no Supremo Tribunal Federal em 40 anos, o ministro Nunes Marques foi um dos dois votos dados em favor de Jair Bolsonaro na Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) movida pelo PDT e que resultou na inelegibilidade do ex-presidente.

Ao acompanhar a divergência aberta pelo ministro Raul Araújo, o ministro Nunes Marques votou para julgar improcedente a Aije do PDT por entender que a conduta não foi suficiente para impor a inelegibilidade de Bolsonaro.
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“Não identifico conduta atribuída ao ex-presidente que justifique a aplicação das graves sanções previstas na legislação”, ressaltou, ao considerar que o discurso feito pelo ex-presidente aos embaixadores não teve gravidade suficiente para quebrar a igualdade entre futuros candidatos ao pleito nem influenciar negativamente o comparecimento massivo de eleitores às urnas eletrônicas.
Em contraponto ao discurso de Bolsonaro, Nunes Marques reiterou que o sistema de votação tem "irrefutável integridade" e ressaltou que temos um processo eleitoral confiável reconhecido como uma pedra angular de nossa democracia, acrescentando que a urna eletrônica é símbolo da nossa eleição desde 1996 e representa um marco importante da plena liberdade da expressão do voto.
Entretanto, afirmou que a integridade não significa que o sistema de votação mais avançado do mundo não seja passível de questionamento ou de debate em busca de aperfeiçoamento. Para Nunes Marques, a atuação de Bolsonaro na reunião não se voltou para obter vantagens políticas com o discurso ou desacreditar o sistema, mas para debater melhorias.
Fonte: Portal AZ