Anunciado possível concurso unificado para o serviço público federal, entenda.
A publicação do edital está prevista para o dia 20 de dezembro, e a aplicação da prova, para 25 de fevereiro de 2024
O governo federal anunciou planos de realizar um Concurso Nacional Unificado em fevereiro do próximo ano, com o objetivo de preencher aproximadamente 8 mil vagas que estão abertas em diversos ministérios e órgãos do serviço público federal. Esta iniciativa representa uma mudança significativa em relação ao processo de seleção atual, onde cada órgão conduz seu próprio concurso e realiza as provas separadamente. O novo concurso prevê uma seleção única, que será realizada simultaneamente em 179 cidades de todo o país.

Diferentemente do sistema atual, este novo modelo de seleção se inspira no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e será realizado em diversas cidades do Brasil simultaneamente. A ideia é ampliar o acesso da população brasileira às oportunidades de emprego no serviço público federal e promover a diversidade sócio demográfica e territorial entre os servidores públicos.
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José Celso Cardoso Jr., secretário de Gestão de Pessoas do Ministério da Gestão, explica a importância dessa diversidade: "Quanto mais o perfil do servidor estiver alinhado com o perfil da população, melhor para o governo. Quanto mais essa burocracia for representativa do coletivo da nação, as políticas públicas também serão mais representativas, dando melhores entregas em serviços para a população".
É importante ressaltar que, apesar das provas serem realizadas em várias cidades, a alocação dos servidores aprovados dependerá da demanda de cada órgão e não necessariamente da localidade onde as provas foram feitas. Essa alocação será definida após a aprovação no concurso.

O prazo para os ministérios e órgãos manifestarem interesse em participar do concurso unificado é até 29 de setembro, sendo uma adesão voluntária. A publicação do edital está programada para 20 de dezembro, com a aplicação das provas prevista para 25 de fevereiro de 2024. Os resultados da primeira fase devem ser divulgados até abril de 2024, e os cursos de formação estão programados para começar entre junho e julho do mesmo ano.
Na fase de inscrição, os candidatos deverão escolher um dos blocos de áreas de atuação governamental disponíveis e indicar seu cargo ou carreira de preferência entre as vagas dentro do bloco escolhido. O concurso será dividido em duas partes: uma prova objetiva comum a todos os candidatos e provas dissertativas específicas de acordo com cada bloco temático. Além disso, cada órgão terá o direito de estabelecer requisitos em relação à titulação acadêmica e experiência profissional.
Os conteúdos das provas serão definidos em conjunto com os órgãos e divulgados no edital. As áreas de atuação disponíveis incluem administração e finanças, setores econômicos, infraestrutura e regulação, agricultura, meio ambiente e desenvolvimento agrário, educação, ciência, tecnologia e inovação, políticas sociais, Justiça e saúde, trabalho e Previdência, dados, tecnologia e informação pública, além do nível intermediário.
Um dos desafios do concurso será garantir a segurança das provas em todas as cidades onde serão realizadas, evitando vazamentos e mantendo a integridade do processo seletivo.
A coordenação-geral do Concurso Nacional Unificado será composta pelo Ministério da Gestão e da Inovação, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o Instituto de Pesquisa Econômico Aplicada (Ipea), a Escola Nacional de Administração Pública (Enap) e a Advocacia-Geral da União (AGU). As comissões setoriais de cada órgão também participarão ativamente, formando o Comitê Consultivo/Deliberativo. Até meados de setembro deste ano, o Ministério da Gestão e da Inovação deve publicar o ato oficial que definirá a estrutura de governança do Concurso Unificado.
Fonte: Agência Brasil