Perfil do empresário inclui laboratório e histórico criminal
Rogério Saladino, sócio-presidente de laboratório médico, namorava modelo e tinha passado criminal, reagindo a tiros contra policial em confusão no sábado (16) em SP.
No último sábado (16), o empresário Rogério Saladino, 56, proprietário de uma mansão nos Jardins, região nobre de São Paulo, protagonizou um incidente trágico ao confundir a investigadora Milene Bagalho Estevam, de 39 anos, com um assaltante. Saladino, que era Caçador, Atirador e Colecionador de armas (CAC), sócio-presidente de um laboratório de medicina diagnóstica, namorava a modelo Bianca Klamt e tinha um histórico que incluía homicídio, agressão e crime ambiental.

O episódio resultou em um tiroteio em frente à sua residência. Após Saladino matar a policial, seu colega, também policial civil, reagiu, baleando o empresário e o vigilante particular dele, Alex James Gomes Mury, de 49 anos, que tentava atirar nos agentes. Ambos não resistiram aos ferimentos.
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Saladino possuía autorização legal para ter armas em casa, conforme investigação da Polícia Civil. Entretanto, uma das pistolas encontradas, uma .45, estava irregular, enquanto a .380 estava regularizada. A análise das imagens das câmeras de segurança da mansão e casas vizinhas registrou parte do confronto.
O empresário era parte do Grupo Biofast, empresa brasileira de medicina diagnóstica, atuante desde 2004, com representações em São Paulo, Bahia e Ceará. Em sua vida pessoal, Saladino namorava a modelo Bianca Klamt, de 37 anos, deixando um filho de 15 anos de um relacionamento anterior.
O histórico criminal de Rogério Saladino incluía passagens por homicídio, lesão corporal e crime ambiental, com registros que remontam a 1989. O recente episódio foi categorizado como "homicídio" e "morte decorrente de intervenção policial" pela Polícia Civil, que considerou a ação do policial civil como legítima defesa.
A investigadora Milene Bagalho Estevam, morta no confronto, deixou uma filha de 5 anos. O caso será relatado à Justiça para arquivamento, dada a morte dos autores do homicídio. A família de Saladino, em nota, lamentou as perdas, enquanto a Polícia Civil expressou pesar pela morte da investigadora. O empresário será enterrado nesta segunda-feira (18).
A reportagem não localizou representantes ou parentes do vigilante para comentar o caso. A Polícia Civil confirmou a morte da investigadora, que foi sepultada no domingo (17) com homenagens das autoridades policiais presentes. A investigação aguarda resultados periciais nas armas e revelou a presença de drogas na residência de Saladino.
Fonte: G1