Wellington não vê, mas Guaribas segue como uma das mais pobres cidades do Brasil
Na reunião do chamado G20 Social, Wellington coloca dados irreais sobre a cidade
A cidade de Guaribas, a 650 km ao Sul de Teresina, já foi símbolo da pobreza no Brasil, segundo as palavras do ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias (PT), que por mais de 15 aos governou o Piauí.

Para o ministro, a cidade não pode mais ser símbolo de pobreza, embora prossiga tão pobre quanto sempre foi.
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Na postagem em rede social na qual desfaz Guaribas com símbolo de pobreza, escolhida pelo PT em 2003 para ocupar esse lugar nada honroso, o ministro afirma, categórico: “Hoje, a cidade é outra! E a gente se prepara para compartilhar essa experiência com outros países do mundo, durante o G20 em Teresina, a partir desta segunda, dia 20 de maio, na Federação das Indústrias”.
A realidade é outra
Os números doi IBGE descredenciam o uso de Guaribas como símbolo de vitória das políticas públicas sobre a miséria.
Em Guaribas, do total de residentes, (4.276) somente 349 têm empregos formais. Isso corresponde a 7,63% da população, segundo afere o IBGE. O rendimento mensal dessa parcela mínima de guaribenses com emprego formal é de 1,8 salários-mínimos (2021);
A falta de emprego em face de uma economia dependente quase que totalmente da administração pública, faz com que 61.4% dos domicílios de Guaribas sejam ocupados por família com rendimentos mensais de até meio salário-mínimo por pessoa.
Guaribas está longe de deixar para trás um passado de pobreza, embora programas oficiais de suporte financeiro, que alguns chamam de transferência de renda tenham tornado menor a miséria.
Veja abaixo um breve raios-X de Guaribas, segundo dados do IBGE.
População – 4.276 habitantes (2022)
Salário médio mensal – 1,8 salários-mínimos (2021)
Proporção de pessoas ocupadas no total da população – 7,63%. (2021)
Pessoas formalmente ocupadas - 349 (2021)
Domicílios com rendimentos mensais de até meio salário-mínimo por pessoa – 61,4%.
PIB per capita – R$ 9.861,95 (2021)
Mortalidade infantil – 14,08 por mil nascidos vivos.
IDH (2000) – 0,214
IDH (2010) – 0,508
Incidência de pobreza (2003) - 54,37
Índice de Gini (2003) – 0,35
Não há dados atualizados no IBGE sobre incidência de pobreza e concentração de renda (Índice de Gini).
Fonte: Portal AZ