El Niño chega ao fim neste mês e La Niña chega em julho, alerta Inmet

Este mês ainda será marcado por chuvas intensas nas regiões Norte, Nordeste e Sul do Brasil

Por Dominic Ferreira,

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) anunciou que o fenômeno climático El Niño está chegando ao fim em junho, com a previsão de início do La Niña em julho. Este mês ainda será marcado por chuvas intensas nas regiões Norte, Nordeste e Sul do Brasil, com previsões de pancadas que podem superar os 60 mm nas duas primeiras regiões e 70 mm no Sul.

Foto: Reprodução/Marcelo Camargo/Agência BrasilInmet
Inmet

Previsões climáticas para junho

- Região Norte: O Inmet prevê que os maiores acumulados de chuva ocorrerão no noroeste do Amazonas, norte do Pará, Roraima e áreas do leste do Amapá, com volumes que podem superar 60 mm. Nas demais áreas da região, os volumes devem ser inferiores a 40 mm.

  - Região Nordeste: As chuvas serão mais intensas na faixa leste, podendo superar os 60 mm. Na faixa norte da região, espera-se menores acumulados, enquanto o interior deve registrar tempo quente e seco.

  - Região Sul: A previsão de chuvas se concentra principalmente nos estados do Paraná e Santa Catarina.

El Niño e seus impactos

O El Niño, caracterizado pelo aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico Equatorial, ocorre em intervalos de cinco a sete anos, com duração média entre um ano e um ano e meio. De junho de 2023 a abril de 2024, o fenômeno influenciou diversas mudanças climáticas no Brasil:

- Região Norte: Aumento das áreas de seca, passando de fraca a extrema em algumas áreas.

- Região Sul: Desaparecimento gradual das áreas com seca moderada a extrema.

- Região Nordeste: Áreas com seca grave retrocederam a partir de março de 2024.

Além disso, o El Niño contribuiu para eventos de inundação de magnitude excepcional em maio, resultando no maior desastre já registrado no Rio Grande do Sul.

Transição para La Niña

O boletim divulgado pelo Inmet na última quarta-feira (12) indicou que as atuais condições de temperatura da superfície do mar do Pacífico Equatorial estão próximas da média climatológica, sinalizando o fim do El Niño e a chegada do La Niña, que se caracteriza pelo resfriamento anormal das águas do Pacífico.

"A maioria dos modelos climáticos aponta essa condição de neutralidade, com valores de anomalia da superfície do mar inferiores a 0,5°C. De acordo com as projeções estendidas do International Research Institute for Climate and Society (IRI), há possibilidade da formação do fenômeno La Niña a partir do segundo semestre - julho-agosto-setembro de 2024 - com probabilidade de 69%", informou o instituto.

Com essa transição climática, espera-se novos padrões de precipitação e temperatura que afetarão diversas regiões do país nos próximos meses.

Fonte: Agência Brasil

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