Gerações mais novas devem impulsionar mercado de luxo em 2024

Relatório divulgado pela Bain & Company aponta que os gastos com produtos de luxo pelas gerações Z e Alpha – jovens nascidos entre 1995 e 2010 – devem crescer três vezes mais rápido em comparação às demais gerações. O universo contabiliza itens para uso próprio ou um presente feminino elegante para uma amiga. A pesquisa revela, ainda, que essa faixa etária será responsável por até um terço do mercado de luxo total até o ano de 2030.

Foto: Freepik
O cenário traz uma certeza: os adolescentes têm representado uma fatia importante no crescimento do mercado de luxo global. E um dos principais motivos é a atitude mais precoce dessas gerações em relação ao luxo. 

A pesquisa traz outro dado curioso: consumidores da geração Z começam a adquirir produtos de luxo para si mesmos ou para amigos e familiares cerca de três a cinco anos antes da geração anterior. Eles estão de olho nas tendências desse mercado, seja em relação ao lançamento de novos produtos como também à experiência de compra. 

Personalização e exclusividade ditam o mercado de luxo
O segmento de luxo parece andar a passos largos. O estudo True Luxury Global Consumer Insight, conduzido pelo Boston Consulting Group (BCG) em colaboração com a Fundação Altagamma, confirma esse movimento, com previsão de até 40% de crescimento em 2024. 

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Esse mercado, em que é possível comprar itens caros e de prestígio – como presente de luxo para homem, carros de alta performance e até produtos gastronômicos – é competente em gerar desejo. A personalização e a exclusividade são trunfos para transformar potenciais consumidores em clientes fiéis. 

E se esse anseio era parte apenas do universo adulto, as pesquisas mostram que essa estratégia tem sido muito bem-sucedida junto às gerações mais jovens, atentas às tendências que esse mercado tem lançado. 
Quiet luxury 
O conceito quiet luxury tem ganhado notoriedade quando o assunto é o mercado de luxo. Em um conceito mais geral, diz respeito ao uso de itens de grife que tornam a ostentação discreta e sutil, quase imperceptível. O foco está nos detalhes e nas matérias-primas usadas, mais do que nos logotipos ou nas exibições extravagantes. 

E-commerce
As operações virtuais transformaram-se num grande hub de vendas das marcas de luxo para as gerações mais familiarizadas à tecnologia. Grifes famosas de fora do Brasil, ao inaugurar operações de e-commerce no país, conseguiram ampliar sua fatia de mercado. É possível, por exemplo, comprar presentes de luxo pelo celular.
Metaverso 
Além da compra propriamente dita, as plataformas virtuais também têm oferecido experiências diferenciadas com foco no público mais jovem. O ramo de moda é um dos mais avançados nesse tipo de imersão. 

A personalização e a customização virtual de produtos são bons exemplos, ao permitir que os clientes possam criar itens únicos e exclusivos de acordo com as suas preferências. Esses colecionáveis digitais também representam símbolos de status, mesmo que em ambientes totalmente digitais, alguns inclusive simulando espaços que refletem a estética e o ethos das marcas.
Autenticidade
Por mais que o marketing de influência continue muito forte na geração de visibilidade para as marcas de luxo em 2024, a editora assistente de tendências da Stylus – escritório de moda que prevê lançamentos – Katie Devlin disse recentemente ao Jing Daily que as marcas precisarão ser inventivas para lidar com um consumidor cada vez mais em busca de autenticidade. 

O TikTok, por exemplo, tem surgido como uma plataforma que gera conteúdo mais autêntico do que outras redes sociais, com um público jovem engajado. Devlin, porém, defende que as grandes marcas de luxo adotem a plataforma com cautela, mas a considera um excelente canal para diversificar conteúdo e impactar consumidores que estejam enfrentando uma fadiga de influenciadores.

Fonte: MF Global Press