Silvio Mendes proíbe Águas de Teresina de fazer “buraqueira” na capital

O prefeito de Teresina, Silvio Mendes, anunciou, nesta terça-feira (18), medidas emergenciais em relação ao serviço de saneamento básico prestado pela empresa Águas de Teresina. A decisão ocorre diante do não cumprimento de contratos e acordos por parte da concessionária, gerando uma série de reclamações da população.

Foto: Reprodução/PMT

Silvio assina proibição de abertura de novos buracos

Entre as ações determinadas pela Prefeitura, está a suspensão imediata da abertura de novas valas na cidade, enquanto as já existentes não forem devidamente fechadas. No entanto, os serviços essenciais de manutenção da rede de esgoto estão autorizados a continuar.

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Além disso, Mendes solicitou a revisão das altas taxas cobradas para religação de esgoto e do valor de 100% da taxa de esgoto baseada no consumo de água. Segundo ele, essas cobranças precisam ser reavaliadas para garantir equilíbrio financeiro à população.

Prefeitura endurece fiscalização sobre a concessionária

Em um tom mais firme, o prefeito destacou que a Prefeitura tentou negociar uma solução com a empresa, mas, diante do descumprimento dos acordos, foi necessário tomar medidas mais rigorosas.

 “A partir de hoje (18), a Prefeitura proíbe qualquer abertura de novas valas pela cidade até que todas as valas mal preenchidas sejam recompostas. É uma determinação e a Prefeitura tem autoridade para fazer isso. Tentamos resolver de forma amistosa, mas não foi cumprido. Está suspensa qualquer expansão de rede, mas as manutenções continuam”, afirmou Silvio Mendes.

Foto: Reprodução/PMT

Silvio se reuni com seu vice, o presidente da Câmara Enzo Samuel e o presidente da Arsete, Edson Melo, além da responsável pelo Águas de Teresina.

A decisão foi tomada após uma reunião com a diretora-presidente da Águas de Teresina, Carolina Serafim, o presidente da Câmara Municipal de Teresina (CMT), vereador Enzo Samuel, e o presidente da Agência Municipal de Regulação de Serviços Públicos de Teresina (Arsete), Edson Melo.

Revisão de tarifas e cobranças desproporcionais

Outro ponto destacado pelo prefeito foi a necessidade de revisão dos valores cobrados para a ligação dos imóveis à rede de esgoto. Segundo ele, há uma diferença injustificável nos valores praticados.

Além disso, Mendes questionou a cobrança da taxa de esgoto no mesmo valor da tarifa de consumo de água, algo que deveria ter sido revisto em 2021. Segundo a Arsete, a empresa não vem cumprindo as metas contratuais estabelecidas.

“Achamos que essa cobrança é desproporcional. Isso devia ter sido revisto em 2021, e não foi. A empresa não tem cumprido as metas contratuais, segundo a Arsete”, ressaltou o prefeito.

Apoio da Câmara Municipal

O presidente da Câmara Municipal, Enzo Samuel, manifestou apoio às decisões da Prefeitura e defendeu a revisão do contrato da concessionária com a cidade.

Foto: Reprodução/PMT

Enzo Samuel reforçou o papel da câmara na defesa da população teresinense

"Dr. Silvio acertou nesta medida tomada. A Câmara está debatendo essa questão. Cobrar 100% da tarifa de esgoto referente ao consumo de água é muito alto para a população teresinense. Acredito que uma revisão do contrato é necessária para levar em conta a realidade econômica do povo”, afirmou o vereador.

Medidas da prefeitura

    1.    Suspensão da abertura de valas na cidade até que as já existentes sejam devidamente fechadas. Apenas serviços essenciais de manutenção estão permitidos;
    2.    Solicitação de revisão das taxas de religação de esgoto, consideradas elevadas;
    3.    Reavaliação da cobrança de 100% da taxa de esgoto baseada no consumo de água.

A decisão do prefeito reflete a preocupação da gestão municipal com as demandas da população e busca garantir um serviço de saneamento básico mais eficiente e justo para Teresina.

Fonte: Portal AZ