Papa Francisco surpreende fiéis ao aparecer durante missa pelos enfermos
Recuperando-se de pneumonia, pontífice envia mensagem de fé e esperança aos doentes
O papa Francisco emocionou 20 mil fiéis na Praça de São Pedro, no Vaticano, ao fazer uma aparição surpresa durante o Jubileu dos Enfermos, no domingo (6). Foi a primeira vez que o pontífice apareceu em público desde que recebeu alta do hospital Gemelli, após 37 dias internado por conta de uma pneumonia dupla. Em cadeira de rodas e com auxílio de oxigênio, ele abençoou os peregrinos e cumprimentou pessoas próximas ao altar, arrancando aplausos e gritos de "Longa vida ao papa!". A celebração foi conduzida pelo arcebispo Rino Fisichella, que leu a homilia escrita pelo próprio Francisco.
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Na mensagem lida por Fisichella, o papa refletiu sobre a experiência da doença, chamando-a de “uma escola” onde se aprende a amar e a aceitar ser amado. "Neste momento da minha vida, estou a partilhar muito: a experiência da enfermidade, de me sentir frágil, de depender dos outros em tantas coisas, de precisar de apoio”, escreveu.
Francisco reconheceu a dificuldade da situação, mas ressaltou a importância de manter a fé e a gratidão mesmo nos momentos de fragilidade. Segundo ele, a doença pode ser também um momento de renovação espiritual e aprendizado profundo.O gesto do pontífice foi interpretado como uma demonstração poderosa de empatia.

Fabio Marchese Ragona, coautor da autobiografia do papa, destacou ao Correio que Francisco escolheu estar ali como “doente entre os doentes”, para reforçar a mensagem de atenção e cuidado aos que sofrem. Antes da aparição, ele participou da peregrinação jubilar, confessando-se e atravessando a Porta Santa da Basílica de São Pedro. Ragona acredita que, mesmo fragilizado, o papa quis mostrar que continua presente e ativo no pastoreio da Igreja.

Para o vaticanista Domenico Agasso, a presença de Francisco envia uma mensagem clara de esperança e resiliência. Mesmo em convalescença, o papa reforça seu compromisso com os fiéis e mantém sua liderança espiritual com clareza e firmeza. Agasso afirma que não há sinais de que Francisco pretenda renunciar e lembra que o próprio pontífice declarou que o cargo é “para a vida”. Sua aparição, ainda que breve, fortaleceu a fé dos presentes e demonstra sua conexão com o povo, mesmo em tempos de fragilidade pessoal.
Fonte: Correio Braziliense