"COP30 em Belém será caótica", afirma revista The Economist
Publicação britânica aponta falhas em infraestrutura, hospedagem e saneamento da cidade.
A cidade de Belém, no Pará, foi duramente criticada pela revista britânica The Economist em reportagem publicada nesta quarta-feira (10), que analisa os desafios da capital amazônica para sediar a COP30, a conferência da ONU sobre mudanças climáticas, marcada para novembro de 2025. Intitulada “Prepare-se para uma COP caótica”, a matéria classifica Belém como uma cidade despreparada e destaca problemas estruturais que podem comprometer o sucesso do evento.

A revista descreve Belém como uma cidade “esburacada, quente, pontilhada de esgoto a céu aberto e com escassez de leitos de hotel”. Segundo a publicação, cerca de 40% das residências não possuem acesso à rede de esgoto, e a cidade tem apenas cerca de 25 mil leitos disponíveis para hospedagem — número considerado insuficiente para receber os estimados 50 mil participantes da conferência.
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A matéria também ironiza as soluções improvisadas do governo local, como a adaptação de escolas, quartéis e até motéis para acomodar os visitantes. Além disso, aponta os altos preços cobrados por hospedagens simples, com quartos sendo anunciados por até US$ 10 mil (quase R$ 60 mil) por noite.
A The Economist ainda menciona projetos de infraestrutura em andamento, como obras de dragagem e saneamento básico, e alerta para os dilemas enfrentados pela região amazônica entre o crescimento econômico e a preservação ambiental — tema central da COP30.
A crítica da revista alerta ainda sobre os riscos logísticos e simbólicos de um evento dessa magnitude ser realizado em uma região que, embora estratégica para a pauta climática, enfrenta graves deficiências em infraestrutura.
Fonte: Com informações do O Globo