STF realiza audiências de custódia após operação contra tentativa de golpe

Ex-assessor de Bolsonaro e militares estão entre os ouvidos por juiz do Supremo

Por Carlos Sousa,

O Supremo Tribunal Federal (STF) agendou para esta sexta-feira (9) as audiências de custódia de quatro indivíduos presos pela Polícia Federal durante a Operação Tempus Veritatis (hora da verdade, em latim), deflagrada no dia anterior. A ação investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado.
 

Foto: Marcello Casal Jr/Agência BrasilValdemar da Costa Neto
Valdemar da Costa Neto

Os quatro indivíduos serão ouvidos por videoconferência entre as 14h e as 15h por um juiz auxiliar do STF:

Filipe Martins, ex-assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República durante o governo de Jair Bolsonaro;

Valdemar Costa Neto, presidente do PL, partido do ex-presidente Bolsonaro;

Coronel Marcelo Câmara, da reserva do Exército;

Major Rafael Martins, da ativa do Exército.

As prisões ocorreram durante diligências autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, como parte das investigações sobre uma suposta organização criminosa envolvida na preparação de um golpe de Estado em 2022.

Foram cumpridas 48 medidas cautelares contra ex-presidente Bolsonaro, seus auxiliares diretos e militares da ativa e da reserva, incluindo quatro mandados de prisão.

Além dos já mencionados, o coronel Bernardo Romão Correa Neto, nos Estados Unidos, também teve prisão determinada e será transferido ao Brasil.

Valdemar Costa Neto, presidente do PL, não era alvo de mandado de prisão, mas foi detido em flagrante após a descoberta de uma arma com registro irregular em sua casa, junto com uma pepita de ouro de origem supostamente ilegal.

As audiências de custódia são procedimentos padrão em que pessoas presas devem ser apresentadas à Justiça dentro de 24 horas para verificar a legalidade e necessidade da prisão.

Segundo a Polícia Federal, Filipe Martins esteve envolvido na elaboração de uma minuta de decreto visando um golpe de Estado. Os militares presos são suspeitos de organizar e participar de atos preparatórios para o movimento golpista.

Fonte: Agência Brasil

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