Trio rapta criança e mantém mãe em cativeiro em Teresina

Mulher teve seu bebê tomado e foi mantida presa em uma residência

Por Marcelo Gomes,

Equipes do 17º Batalhão da Polícia Militar do Piauí prenderam, na tarde desta segunda-feira (16), duas mulheres e um homem suspeitos de raptarem um recém-nascido e registrarem o bebê. A prisão ocorreu no loteamento Porto Alegre, localizado na zona Sul de Teresina. 

Suspeitos foram conduzidos para a Central de Flagrantes em Teresina (Foto: divulgação)

O caso deu inicío quando uma guarnição do 17º BPM foi acionada para averiguar que uma pessoa estaria sendo mantida em cárcere privado. Ao chegar ao loteamento, após autorização da proprietária do imóvel, os agentes adentraram a casa e encontraram uma mulher que relatou estar no local contra a sua vontade.

A vítima explicou aos policiais que a dona da casa teria roubado sua filha de apenas 15 dias de vida. A criança foi registrada na Maternidade do bairro Promorar com o nome da mãe alterado para uma terceira pessoa.

A vítima estava sendo mantida em cárcere privado na zona Sul de Teresina (Foto: divulgação PM)

Em depoimento a dona de casa informou ter entregue a criança para um casal. Os policiais foram até a residência do casal que estava com o bebê e os encontraram com a criança. Eles foram conduzidos à Central de Flagrantes para os procedimentos cabíveis.

Ao Portal AZ, a delegada Lucivânia Vidal, da Central de Gênero, explica que em depoimento a mãe biológica afirma que não deu a criança para a suposta adoção. “Pelas declarações da mãe biológica, a criança não foi dada, foi retirada do poder dela. A vítima entrou em contato com uma colega e essa colega ligou para a polícia e denunciou o caso. Ela engravidou no Piauí, já conseguimos identificar o pai do bebê, ele já tem conhecimento de tudo”, disse.

Ainda segundo a delegada, a mãe biológica teria conhecido uma mulher em Parnaíba e que ela teria lhe prometido ajuda financeira para retornar a sua cidade, Remanso, na Bahia. “Ela terminou a gestação dela em Parnaíba. E lá ela recebeu uma promessa de ajuda financeira para sustentar a criança e juntar dinheiro para retornar à sua cidade natal. Ela recebeu ajuda dessa senhora onde foi encontrada em cárcere privado. Ela alega também em depoimento que a mulher fez uma identidade falsa para a nova mãe, mas que no prontuário do Hospital do Promorar, o nome não coincide com o da mãe biológica”, relata.

Os três envolvidos no caso foram autuados em flagrante delito pelo Art. 242 do Código Penal (Dar parto alheio como próprio; registrar como seu o filho de outrem; ocultar recém-nascido ou substituí-lo, suprimindo ou alterando direito inerente ao estado civil). 

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