Suspeita de “stalking” é presa após cinco anos perseguindo médico de MG
Kawara Welch, acusada de stalking, furto e extorsão, foi presa em Uberlândia após perseguição a médico e sua família
Uma mulher foi presa por stalking após perseguir um médico e sua família por cinco anos em Ituiutaba, no Triângulo Mineiro, Minas Gerais. Kawara Welch, de 23 anos, que estava foragida desde março de 2023, foi presa no dia 8 de maio em uma universidade de Uberlândia, onde cursava nutrição. Além de stalking, ela também é acusada de furto, ameaça e extorsão.

Segundo a denúncia, Kawara era paciente do médico e, em 2019, começou a persegui-lo, alegando estar apaixonada por ele. Mesmo após ser excluída da lista de pacientes, a jovem continuou a perseguição. O médico e sua esposa registraram 42 boletins de ocorrência por perturbação do sossego, lesão corporal, ameaça e extorsão.
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Em depoimento ao programa Fantástico, o médico relatou que Kawara inicialmente o procurou para tratar uma depressão, mas depois tentou iniciar um relacionamento. Ao ser rejeitada, ela começou a enviar mensagens ameaçadoras, incluindo vídeos simulando enforcamento. Em um dia, chegou a enviar 1.300 mensagens e fazer mais de 500 ligações.
A perseguição se intensificou com a jovem aparecendo em congressos que o médico participava em outras cidades e seguindo-o no trânsito. Em uma das ocasiões, Kawara invadiu o consultório do médico, agrediu sua esposa e furtou seu celular. Isso levou à emissão de um mandado de prisão, que foi inicialmente suspenso mediante medidas cautelares não cumpridas pela acusada. Um novo mandado de prisão foi então expedido.
A ordem judicial foi cumprida pela Delegacia de Homicídios de Uberlândia. Os celulares de Kawara foram apreendidos para perícia, e ela foi levada para a ala feminina da Penitenciária Professor João Pimenta da Veiga, em Uberlândia.
O stalking, crime incluído no Código Penal em março de 2021, é a prática de perseguir sistematicamente uma pessoa, seja através de ligações insistentes, comentários invasivos em redes sociais ou abordagens inconvenientes. A pena varia de seis meses a dois anos de reclusão e multa.
A defesa de Kawara Welch afirmou ao Fantástico que a jovem teve um relacionamento com o médico e apenas buscava manter a relação, negando os crimes imputados. O advogado do médico, por sua vez, afirmou que jamais houve relacionamento entre os dois e que, ainda que houvesse, não justificaria a conduta da acusada.
A reportagem não conseguiu contato com o advogado de Kawara. O espaço permanece aberto para a manifestação da defesa.
Fonte: CNN Brasil